Boavista e Gil Vicente lutam pela permanência no principal escalão

  1. Boavista e Gil Vicente lutam pela permanência no principal escalão
  2. Boavista na pior fase da época, Gil Vicente em ascensão
  3. Tozé Marreco e Jorge Simão recentes treinadores das equipas
  4. Salvador Agra e Fujimoto desequilibradores ofensivos

Cenário decisivo


É ganhar ou... ganhar. Será este o lema de todas as equipas que chegam a esta reta final do campeonato com objetivos ainda por cumprir. Sendo ainda mais premente a necessidade para as que (ainda) estão na luta pela permanência. E são muitas...


Está, pois, aberto o cenário para Boavista e Gil Vicente. Panteras e galos continuam em busca dos pontos que lhes garantam a manutenção no principal escalão do futebol português, sendo que ambos têm, à entrada para este jogo, uma certeza: quem ganhar (se houver um vencedor...) ficará imediatamente a salvo da descida direta.

Situação na tabela


Quem o garante é, naturalmente, a tabela classificativa. Nesta altura, Chaves (23 pontos) e Vizela (22) ocupam as duas posições onde ninguém quer estar. Boavista (30) e Gil Vicente (32) estão (ligeiramente) melhores, pelo que um triunfo dará a uma das duas equipas a confirmação de que já não haverá hipótese de queda para as referidas posições mais indesejadas. Mas... há sempre um mas. Essa situação diz apenas respeito ao 17.º e 18.º lugares. Mas (lá está...) ainda há o 16.º posto, que dá acesso ao play-off de permanência/descida. E que quem o disputar já sabe que terá pela frente o 3.º classificado da Liga 2.

Momentos distintos


Apesar de tantas semelhanças relativamente ao que ainda está em jogo, a verdade é que Boavista e Gil Vicente, mesmo que separados apenas por dois pontos, estão em momentos completamente distintos.


As panteras numa espiral negativa, os galos numa curva ascendente. Com outra curiosidade a uni-los, saliente-se: ambos trocaram recentemente de treinador. Jorge Simão pegou no Boavista, Tozé Marreco assumiu o Gil Vicente.

Boavista à procura da redenção


No segundo pior momento da época. Assim estão os axadrezados. Depois dos 11 (!) jogos consecutivos sem ganhar, entre as jornadas 6 e 16 - derrotas diante de SC Braga (1-4), Sporting (0-2), Rio Ave (0-2), Farense (1-3), Arouca (0-4), Estrela da Amadora (1-3) e Gil Vicente (0-1) e dos empates frente a Famalicão (2-2), Moreirense (1-1), Vitória de Guimarães (1-1) e FC Porto (1-1) -, o Boavista segue há seis partidas sem conhecer o sabor da vitória - derrotas com Sporting (1-6), Farense (0-2), Arouca (1-2) e Vitória de Guimarães (0-1) e empates diante de Rio Ave (0-0) e Estrela da Amadora (1-1).


Jorge Simão ainda não foi feliz neste seu regresso ao Bessa, já que empatou com os tricolores, na (re)estreia, e perdeu diante dos conquistadores, na jornada anterior. O técnico quererá, pois, afastar esta malapata (a sua e a da equipa...) e devolver a alegria aos indefetíveis adeptos da pantera.

O papel de Salvador Agra


A possível ausência de Robert Bozenik (o goleador eslovaco está a recuperar de lesão e será dúvida até à hora do jogo) aumenta ainda mais o peso que Salvador Agra terá no jogo ofensivo dos axadrezados. A velocidade supersónica do extremo, já se sabe, pode oferecer reais problemas a qualquer defensiva contrária, pelo que Jorge Simão depositará muitas esperanças na capacidade de desequilíbrio do camisola 7. Seja para ganhar metros em profundidade e aparecer em zonas de finalização, seja para criar situações que possam permitir aos companheiros ficarem na 'cara' do golo.

O Gil Vicente ressurgido


Os galos parecem estar a prosperar. A entrada de Tozé Marreco trouxe à equipa uma ânimo renovado e nos dois últimos jogos... quatro pontos conquistados.


Com o novo técnico ao leme, o Gil Vicente venceu no terreno do Moreirense (1-0) e empatou na receção ao Arouca (2-2). Sendo que, refira-se, o ponto garantido diante dos arouquenses foi arrancado, literalmente, a ferros, uma vez que os gilistas entraram para o período de compensação a perder por 0-2. Num ápice, porém, Tidjany Touré e Buatu selaram o empate e deixaram Tozé Marreco com a aura de entrada com o pé direito nesta sua estreia na Liga.

Fujimoto, o chefe da orquestra


A sua qualidade técnica é sobejamente conhecida, mas a época do japonês Fujimoto tem sido marcada por alguma intermitência exibicional do criativo japonês. A chegada de Tozé Marreco ao comando técnico potenciou o regresso do camisola 10 à titularidade, estatuto que recuperou e que ostentou nas duas últimas jornadas. Sendo que em ambas realizou exibições bastante positivas. A estabilidade do miolo - que deverá voltar a estar assente na dupla Mory Gbane/Maxime Dominguez - possibilita a Fujimoto dar asas à sua capacidade de definir no último terço ofensivo e, dessa forma, os gilistas estão mais perto das zonas de finalização e, consequentemente, do golo.

Cenário perfeito


Boavista e Gil Vicente, uma das duas equipas pode ver os astros alinharem-se esta tarde. E se assim for, já com a fuga aos lugares de descida direta garantida, as duas últimas jornadas terão, naturalmente, uma carga emocional menos pesada. Ainda que intensa. Mas o Gil Vicente pode ter uma tarde mesmo perfeita: caso vença no Bessa e o Portimonense não derrote o Sporting, a permanência fica automaticamente garantida.

V. Guimarães lidera na formação de jovens jogadores sub-21 em Portugal

  1. O Vitória de Guimarães lidera a tabela nacional, com o Benfica (12,3%) e o Famalicão (10%) a completarem o pódio
  2. O Vitória de Guimarães utilizou 12 atletas com idade igual ou inferior a 21 anos, num total de 12,6% dos minutos
  3. O Sporting é o clube português que mais atletas nesta faixa etária utilizou, com 23 jogadores
  4. O FC Porto aparece apenas na 11.ª posição do ranking (9 jogadores, 1,8% dos minutos)

Rui Borges, o «transmontano de gema» que enfrenta o FC Porto com o Vitória de Guimarães

  1. Rui Borges é um dos treinadores em ascensão no futebol português
  2. Após uma curta passagem pelo Moreirense, Rui Borges surpreendeu ao liderar o Vitória de Guimarães a um arranque de sonho
  3. Rui Borges tem demonstrado um futebol atrativo e conseguido resultados expressivos, como a vitória sobre o Braga
  4. A mãe de Rui Borges, Cândida Gomes Borges, queria que ele prosseguisse os estudos e não seguisse o futebol
  5. Rui Borges cresceu num ambiente ligado ao futebol, acompanhando o pai, que foi jogador do Tirsense