Daniel Sousa, treinador do Arouca, encontra-se numa situação peculiar ao liderar a equipa contra o Sp. Braga, seu futuro clube, na próxima temporada. Apesar do desconforto evidente, Sousa mantém o foco na vitória e na condução do Arouca a mais um triunfo. «Não é a situação que eu procuro normalmente na minha vida, mas é uma situação que ocorreu. Ocorreu porque eu percebo que aquilo que tem sido o meu profissionalismo durante a minha carreira até agora é pautada pelo trabalho e a partir desse momento eu sei que nada pode afetar naquilo que é o meu trabalho, a não ser eu próprio», afirmou Sousa em relação à situação.
A deslocação a Braga tornou-se ainda mais impactante devido ao anúncio da sua futura posição como treinador do Sp. Braga. Apesar das circunstâncias, Sousa mantém a postura de sempre: «Partimos para esta semana com o mesmo espírito de todas as outras semanas, com a mesma ambição, com a mesma mentalidade de trabalho, de querer fazer as coisas, de querer ganhar os jogos».
Postura de Foco e Ambição
Sobre a importância mediática do jogo e uma eventual vitória sobre o Sp. Braga, Sousa destacou: «Tudo o que não seja a essência do jogo, que é ganhar, pode ser ruído, mais ou menos ruído, que não afeta propriamente aquilo que vai acontecer lá dentro. O que nós queremos, o que os jogadores e a equipa do Arouca querem, é ganhar o jogo».
Relação Hierárquica
Questionado sobre a sua relação com o diretor geral do clube, Joel Pinho, Sousa preferiu manter a discrição: «Isso não são coisas que eu tenho que... primeiro, não faz parte do treinador comentar qualquer coisa que seja da hierarquia do clube. E são coisas que se acabam por resolver internamente».
Impacto na Equipa
Apesar das tensões evidentes, Sousa assegurou que a situação não afeta o trabalho e as ambições da equipa: «A situação não é confortável, isso está explícito, mas não afeta em nada aquilo que são as relações, aquilo que é o trabalho, aquilo que são as ambições do clube, das pessoas que estão à volta do clube, nossas, dos jogadores, não afeta a ambição de ninguém».
Estratégia contra o Sp. Braga
Sobre a estratégia para o jogo contra o Sp. Braga, Sousa destacou a importância de identificar os padrões de jogo do adversário e contrariá-los: «Quando estas equipas têm comportamentos que são identificáveis várias vezes, quer dizer que há algum trabalho ali, e isso é o que nós identificámos neles, e que realmente são fortes. Mesmo sendo identificáveis, às vezes é difícil de contrariar. Obviamente que nós sabemos como o fazer, e é o que vamos procurar fazer».
Desempenho e Preparação
Quanto ao momento da equipa do Arouca, Sousa destacou a boa exibição recente contra o Farense e a preparação para o jogo contra o Sp. Braga: «Sabemos da dificuldade da tarefa, obviamente. Eu acho que, efetivamente, foi um dos melhores... eu acho que a melhor [exibição] ainda assim foi contra o Sporting, apesar do resultado».
Reação do Plantel
Em relação à reação do plantel do Arouca ao saber da futura mudança de Sousa para o Sp. Braga, o treinador preferiu manter o foco no jogo imediato: «Esse assunto, eu percebo, que há todo o interesse em perceber, mas esse não é o tema. Não é o tema porque nem é o momento, nem é o tema, e o momento é o jogo, é o jogo de amanhã, que nós estamos extremamente focados nesse jogo».
Preparação e Estratégia
Por fim, Sousa abordou a preparação para o jogo contra o Sp. Braga e a estratégia para lidar com os jogadores adversários: «Por exemplo, a capacidade concretizadora, o nosso objetivo primeiro é anular cá à frente qualquer coisa, depois, ok, não dá para anular aqui, vamos para aqui, ok, aqui temos que anular, não dá aqui, temos que chegar aqui e temos que anular isto».
Desafios à Vista
Em outro contexto, Armando Evangelista, técnico do Famalicão, alertou para a importância do próximo jogo contra o Vizela, considerando-o um dos mais difíceis até ao final da época. Evangelista destacou a necessidade de encarar o adversário com respeito e preparação adequada: «É um adversário que ainda acredita. É mais uma oportunidade, um jogo, em que vão olhar como o jogo da vida deles, é desta forma que temos de olhar para eles. Vem jogar a vida em nossa casa».
Desafios no Campo
Sobre os perigos do Vizela, Evangelista mencionou a forma de jogar da equipa adversária e a necessidade de precaução: «Na sua forma de jogar, a facilidade com que projetam extremos no jogo interior, vão buscar espaço entrelinhas, é um aspeto difícil de contrariar».
Balanço Positivo
Em relação ao balanço do trabalho realizado até ao momento, Evangelista mostrou-se satisfeito com a entrega e predisposição dos jogadores: «Em relação ao grupo, ao fim de aproximadamente 15 dias de trabalho, estou satisfeito, porque a entrega e a predisposição para receber ideias novas, para assimilar ideias novas, tem sido fantástica».