O médio escocês Andrew Holsgrove passou por um longo período de recuperação de oito meses após sofrer uma rotura parcial do deltóide do tornozelo esquerdo. Inicialmente, a lesão parecia requerer apenas uma paragem de três semanas, mas os problemas foram-se arrastando e Holsgrove acabou por ficar quase três meses sem saber qual o tratamento adequado.
«Uns diziam que era para operar, outros não», conta o jogador, revelando que o próprio Olympiacos, clube ao qual estava ligado, «tentou evitar a operação». Até que finalmente se concluiu que a cirurgia era a melhor solução.
Confiança do Estoril
Enquanto recuperava da lesão, Holsgrove rescindiu com o Olympiacos e assinou pelo Estoril, clube que lhe deu «um voto de confiança, mesmo sabendo que ainda não estava recuperado». O jogador explica que sabia que não ia fazer parte da equipa do Olympiacos e, com a idade que tem, precisava de encontrar um clube onde pudesse jogar regularmente quando voltasse da lesão.
«Durante o verão, tive contactos com outras equipas portuguesas, mas sabia que não ia estar apto até ao final da janela de mercado. O Estoril já me conhecia do ano em que estive emprestado e deu-me um voto de confiança», revela Holsgrove.
Regresso aos relvados
Após oito meses de paragem, Holsgrove voltou a jogar a 21 de setembro, contra o Rio Ave, num regresso que descreveu como «um sentimento incrível, um pouco como jogar futebol profissional pela primeira vez». Desde então, o médio já se impôs como titular, tendo participado em cinco jogos.
Questionado sobre a falta de ritmo competitivo, Holsgrove garante que «o futebol é jogado muitas vezes com a mente» e que, apesar de ter estado «um pouco enferrujado no início», já se sente bem fisicamente.
Ambição de melhorar o Estoril
Holsgrove espera agora ajudar o Estoril a fazer uma melhor campanha do que na época passada, quando a equipa terminou em 13.º lugar. «Podíamos estar mais bem classificados, houve jogos em que empatámos e fizemos o suficiente para vencer. Temos muitos jogadores novos, mas há muito talento. Acredito que temos capacidade para fazer melhor do que o 13º lugar do ano passado», afirma.
O médio escocês guarda ainda uma memória especial da época transata, quando marcou o golo da surpreendente vitória do Estoril na casa do FC Porto (1-0). «Vou recordar para sempre o golo no Dragão, porque foi um ponto de viragem. Não estávamos a ter bons resultados, mas sentimos que, ao ganhar naquele estádio, podíamos ganhar a qualquer equipa», vincou.