O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) decidiu aplicar uma pena ao Sporting, resultando no encerramento, por um jogo, do setor A17 do Estádio José Alvalade. Esta medida surgiu em resposta a incidentes lamentáveis ocorridos durante o clássico contra o FC Porto, que teve lugar no dia 30 de agosto. Além do encerramento do setor, a multa associada à sanção ascende a 15.300 euros, equivalente a 150 unidades de conta (UC).

Os episódios que levaram a esta sanção foram, sem dúvida, graves. Durante a segunda parte do jogo, no minuto 61, alguns adeptos do Sporting arremessaram objetos, incluindo isqueiros, na direção dos jogadores do FC Porto. Um destes objetos atingiu o jogador Zaidu, que necessitou de assistência médica, provocando um atraso de cerca de dois minutos no recomeço do encontro. A situação não se limitou a um único episódio, uma vez que, por volta do minuto 63, novos arremessos de isqueiros e até um carregador de telemóvel ocorreram, afetando não só os jogadores em campo, mas também os atletas que se encontravam em aquecimento.

Justificação da Sanção

O Conselho de Disciplina justificou a sua decisão ao afirmar que o Sporting não tomou as devidas precauções para prevenir o comportamento inadequado dos seus adeptos. Este fator foi determinante para a continuidade dos incidentes, levando à aplicação da sanção. O encerramento do setor A17, correspondente à bancada norte do estádio, estará em vigor na próxima partida em casa do Sporting, o que poderá ter implicações significativas para a equipa e os seus adeptos.

É importante frisar que esta situação levanta questões sobre a responsabilidade dos clubes em garantir a segurança durante os jogos e o comportamento dos seus adeptos. O CD espera que esta penalização sirva como um alerta para prevenir futuros incidentes e garantir que comportamentos inadequados não sejam tolerados nos estádios.

Arquivamento de Processos Disciplinares

Em contrapartida, o CD arquivou dois processos disciplinares que envolviam jogadores do FC Porto e do Benfica. A decisão foi tomada após a análise das queixas apresentadas, uma delas referente a uma cotovelada de Vangelis Pavlidis em Gabri Veiga, e a outra a uma alegada agressão de Alan Varela a Pavlidis. O Conselho decidiu não dar seguimento a ambas as queixas.

A análise dos depoimentos dos árbitros e do VAR que estiveram presentes durante o jogo confirmou a decisão tomada em campo. No entanto, é importante notar que ambas as queixas ainda podem ser contestadas, permitindo que o assunto não esteja completamente encerrado.