A seleção nacional de futebol feminino, liderada por jogadoras experientes como Diana Silva, está determinada a fazer história no próximo Campeonato da Europa, com a ambição clara de “passar a fase de grupos”, como afirmou a atleta. A jogadora, que participou na estreia da seleção em 2017, sublinhou que “temos sido muito claras nesse objetivo e estamos todas alinhadas”.

Com 116 internacionalizações e a melhor marcadora da equipa nas qualificações, Diana Silva mostra-se confiante quanto à qualidade do grupo, apesar de resultados recentes menos favoráveis. “Sim, os adversários são difíceis, mas nós sabemos da nossa qualidade e capacidade. Os últimos dois jogos [para a fase de grupos da Liga das Nações] não foram bem conseguidos, não estivemos bem e não escondemos isso. Esse não é o nosso nível, conseguimos muito melhor e estamos a trabalhar nisso”, destacou.

Motivação da Comunidade Emigrante

A presença da comunidade emigrante portuguesa na Suíça é um fator que motiva a jogadora. “Com toda a certeza. Jogar na Suíça tem esse lado positivo, vamos sentir-nos muito mais próximas de casa e espero que estejam em peso nos estádios, porque vão ajudar-nos muito ao longo da competição”, afirmou Diana Silva. Este apoio será essencial para a seleção, especialmente ao enfrentar adversários de peso como a Espanha, campeã do Mundo.

Lúcia Alves também trouxe um novo ânimo à equipa. Após um período complicado de lesões, a jogadora expressou a sua determinação: “Trabalhei diariamente para estar neste nível e ajudar a seleção. Foi uma época bastante complicada, mas qualquer jogadora está sujeita a lesões graves.” Lúcia abordou o pessimismo que ronda a seleção, afirmando: “Sinto que as pessoas estão um bocado pessimistas, depois dos últimos resultados [0-6 frente à Inglaterra e 0-3 ante Bélgica para a Liga A da Liga das Nações], mas cada jogo é diferente. Não podemos pegar no passado e transportar para este Campeonato da Europa.”

Unidade e Concentração do Coletivo

As jogadoras estão cientes da pressão e das expectativas, mas acreditam na força do coletivo. “Isso é o que importa. Temos de estar concentradas, unidas, independentemente se tudo correr bem ou mal. Como equipa, há que dar tudo do primeiro até ao último minuto, sem esquecer de desfrutar do momento”, reforçou Lúcia Alves. Esta união é vista como a chave para o sucesso da equipa nas próximas competições.

Além disso, o desempenho de Ana Dias, avançada que ficou de fora, mobilizou discussões internas. Diana Silva comentou: “isso não é a nossa melhor versão, mas agora estamos na hora de ser mais inteligentes no processo de transição e na posse da bola.” As jogadoras reconhecem a importância de estarem unidas para garantir uma performance positiva no torneio.

Desafios e Aprendizados da Seleção

O selecionador Francisco Neto apresenta desafios importantes à equipa, e as jogadoras concordam que têm de melhorar e aprender com os erros cometidos. Diana, referindo-se à Espanha como uma adversária exigente, afirmou: “Temos de ser mais pacientes, mais unidas dentro de campo em todos os momentos.” Esta mensagem de união e força coletiva é essencial para o desempenho da seleção.

Uma mensagem de esperança permeia o discurso das jogadoras. Lúcia conclui: “Estamos a trabalhar para estar no nosso melhor no Europeu. Estamos 100% focadas neste espaço e dispostas a dar tudo no que resta da competição.” Portugal prepara-se assim para a batalha, enfrentando não só as dificuldades dos adversários, mas também as suas próprias instabilidades.