Portugal irá defrontar a forte seleção dos Países Baixos, uma equipa que Dani, antigo médio internacional português, descreveu como tendo “um nível bastante elevado na formação”
, semelhante ao de Portugal. Ele destacou as qualidades dos futebolistas neerlandeses, que possuem “características acima da média, grande nível técnico e que fazem circular a bola de uma forma muito ativa e sempre com critério”
.
O confronto entre as duas seleções terá lugar no sábado, às 18:00 horas locais (17:00 em Lisboa), no Estádio pod Dubnom, em Zilina. Portugal, que venceu o Grupo C, enfrenta a equipa holandesa, que ficou em segundo lugar na sua poule, num jogo decisivo dos quartos de final do Campeonato da Europa sub-21. O antigo jogador também sublinhou a importância da confiança adquirida ao longo do torneio, afirmando: “As coisas mudam de figura em jogos a eliminar e tudo pode acontecer. O percurso [mais regular de Portugal na fase de grupos] poderá dar confiança e prevalecer nos momentos difíceis do duelo. Se as coisas estiverem a correr mal, há que acreditar no processo e no trabalho realizado durante tanto tempo para que seja mais fácil atingir o objetivo”.
O Desempenho de Portugal
Dani elogiou o desempenho da seleção nacional na fase de grupos, afirmando que “o conjunto das 'quinas' vai melhorando com o desenrolar do torneio e tem uma série de atletas que conquistaram o seu espaço e estão a dignificar a camisola nacional”
. Um dos destaques do torneio tem sido Geovany Quenda, que brilhou nas vitórias anteriores, marcando três golos e realizando duas assistências nas goleadas contra a Polónia e a Geórgia.
“Sobre os Países Baixos, prefiro olhar para o coletivo, porque eles também o fazem. Não querem saber de nomes ou se alguém joga neste ou naquele clube, mas atentam no que cada individualidade lhes pode trazer. Tentar anular o coletivo deles tem de ser a grande preocupação e prioridade de Portugal”, afirmou Dani, enfatizando a necessidade de focar nas forças do adversário, que se caracteriza pela sua rapidez em campo e pela capacidade ofensiva.
O Papel de Rui Jorge
Dani também falou sobre o papel de Rui Jorge, treinador da seleção sub-21, sublinhando que “as equipas do Rui Jorge praticam sempre futebol atrativo e o reflexo do trabalho que os clubes têm feito vê-se muito neste contexto”. Ele elogiou a capacidade dos jovens jogadores, que já demonstram ter “uma capacidade notável para chegar a estes torneios e fazerem a diferença.”
Este é o quinto Europeu consecutivo de Rui Jorge, refletindo o trabalho contínuo que tem realizado ao longo dos anos. A experiência e a estratégia do treinador podem ser cruciais para o sucesso de Portugal nesta fase do torneio.
Expectativas para o Campeonato
A seleção nacional procura alcançar o sucesso após várias tentativas anteriores, tendo sido finalista em 1994, 2015 e 2021. Dani concluiu, afirmando: “Os títulos são sempre bem-vindos e um objetivo, mas, nestas idades, há que pensar no futuro dos atletas e o Rui Jorge fá-lo.” Esta abordagem demonstra a preocupação com o desenvolvimento a longo prazo dos jogadores.
Ele também enfatizou que, mais do que estar preocupado com o próprio futuro, Rui Jorge dá prioridade ao que os jovens podem se tornar, com vista à possibilidade de integrarem a seleção principal. “É fundamental que consigam evoluir e alcançar a seleção 'AA',” finalizou Dani, sublinhando a importância do crescimento contínuo dos atletas.