Rui Jorge, um dos mais destacados treinadores da seleção sub-21 de Portugal, está prestes a liderar a equipa pela quinta vez no Europeu. Utilizando a sua vasta experiência e conhecimento, Rui avalia a importância do trabalho e da persistência no futebol português. Ele afirma: ““Por tudo o que fez, merece que possa selar o trajeto com uma vitória no escalão. Se há alguém que merece, ele é um deles. Tem a ver com a persistência, a quantidade de anos que leva, o trabalho, os resultados fantásticos que tem tido e, depois, aquilo que produz com jogadores que mais tarde chegam à seleção 'AA'””.

Como recordista de jogos e triunfos na equipa, Rui Jorge tem pela frente um desafio significativo, uma vez que enfrenta a ausência de vários jogadores devido a lesões e compromissos. Muitos dos atletas que se destacaram nas fases de qualificação estão indisponíveis, o que pode afectar a performance da seleção.

Reconhecimento e Filosofia de Trabalho

Nelo Vingada, que acompanhou Rui Jorge desde os tempos em que jogava, reconhece as suas qualidades, afirmando: ““Como jogador e até cá fora, sempre foi uma pessoa muito calma, serena e observadora. Não me surpreende este trabalho e os resultados. Vejo nele a ambição de incutir no espírito dos atletas que a primeira coisa é jogar para ganhar. Depois, se for possível produzir bom futebol, tal como tem sido na maioria das vezes””.

A filosofia de Rui Jorge é inspiradora e, segundo Vingada, o legado do professor Carlos Queiroz foi fundamental para a mudança de mentalidade que se observa no futebol português. Nelo acrescenta: ““O progenitor de todo esse processo, que eu tive o prazer de acompanhar, foi o professor Carlos Queiroz. Provocou uma mudança no pensamento e via um pouco à frente do que era possível fazer, sem esquecer o trabalho que os clubes e as associações realizaram e todas as condições que a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) nos deu””.

Desafios no Europeu

Neste Euro, Portugal surge como um dos candidatos ao título, mas terá pela frente adversários de peso como França, Polónia e Geórgia. Rui Jorge sublinha a importância de um bom resultado na estreia, dizendo: ““Ganhar na estreia face à França será melhor, mas o empate deixa tudo em aberto e vai criar a obrigatoriedade de ter bons resultados com Polónia e Geórgia””.

Com a expectativa em torno da performance da seleção sub-21, Rui Jorge tem como prioridade a resiliência e a qualidade em campo. Ele tem confiança nas capacidades dos seus jogadores, mesmo face a um grupo em que destaca a presença de atletas como Samuel Soares e Geovany Quenda.

Espírito de Equipa e Qualidade

Rui Jorge também alertou para a importância do espírito de equipa, afirmando: ““Estão lá para servir a equipa e nenhum atleta se pode pôr acima dela. Nestas alturas, é preciso ter sensibilidade e capacidade para sentar com os jogadores, explicar e fazer ver as coisas como elas são: terem estado nos 'AA' e voltarem agora a um nível inferior não lhes dá a prerrogativa de serem eles e mais 10. É necessário mostrar qualidade””.

Com a fase final a iniciar, o foco da seleção sub-21 está em mostrar resiliência e qualidade em campo, elementos fundamentais para o sucesso no torneio. Os adeptos esperam ver uma equipa forte e unida, capaz de competir ao mais alto nível e de fazer história no futebol europeu.