Portugal orgulha-se de um ADN formador que, ao longo dos anos, tem alimentado a seleção principal com talentos provenientes dos seus escalões jovens. Um exemplo notável é a transição bem-sucedida de campeões europeus de sub-17 para a elite do futebol português. Uma década de transições vitoriosas que provam a qualidade da formação lusa, com um total de dez jovens promessas a confirmarem o seu potencial na seleção A.
Esta jornada, que começa nos palcos de formação e culmina na representação do país ao mais alto nível, é marcada por trajetórias inspiradoras e números impressionantes. Do 'eterno' João Moutinho, que continua a desafiar o tempo, às jovens estrelas da atualidade, a ligação entre o sucesso nos sub-17 e a afirmação na seleção principal é um testemunho da riqueza do talento português.
O Legado dos Primeiros Campeões: A Geração de 2003
A geração que se sagrou campeã europeia de sub-17 em 2003 deixou uma marca indelével no futebol português. Dez elementos desse grupo fizeram a transição para a seleção principal, com João Moutinho a emergir como um exemplo de longevidade e dedicação. O médio, agora com 38 anos, não só atingiu impressionantes 146 internacionalizações, sendo apenas superado por Cristiano Ronaldo, como também renovou o seu contrato com o Sporting de Braga até 2026, sendo o único campeão dessa geração ainda profissionalmente ativo.
Outros talentos dessa fornada também cimentaram o seu lugar na história da seleção. Miguel Veloso, com 56 internacionalizações, foi uma peça importante no meio-campo, ao lado de outros jogadores como Paulo Machado e Hélder Barbosa. Esta geração não só contribuiu para o sucesso da seleção em vários momentos, como a conquista do Euro 2016, onde Moutinho e Vieirinha (outro elemento desse grupo) estiveram presentes, mas também estabeleceu um padrão de excelência para as gerações vindouras.
A Afirmação da Geração de 2016
Mais recentemente, a geração que conquistou o Europeu sub-17 em 2016 mostrou igualmente a sua qualidade, com quatro dos seus elementos a alcançarem a seleção principal. Entre eles, destacam-se o guarda-redes Diogo Costa e o extremo Rafael Leão, ambos peças fundamentais na equipa das quinas.
Diogo Costa rapidamente se tornou o guarda-redes titular, acumulando já 34 internacionalizações e demonstrando segurança e reflexos notáveis. Rafael Leão, com a sua velocidade e criatividade, soma cinco golos em 39 presenças, afirmando-se como uma arma importante no ataque português. Diogo Dalot, lateral direito de qualidade, é outro exemplo de sucesso desta geração, correspondendo à confiança do selecionador com 29 internacionalizações.
O Futuro Promissor: A Nova Vaga de Talento
O futuro do futebol português parece assegurado, especialmente com a emergência de novos talentos provenientes das camadas jovens. Jogadores como Gedson Fernandes, atualmente no Besiktas, são vistos como promessas a cumprir. A geração que brilhou no Europeu sub-17 de 2023, ao conquistar o título, elevou ainda mais as expectativas. Nomes como Mauro Furtado e Rafael Quintas, este último eleito o melhor jogador do torneio, personificam o potencial que promete dar frutos em breve.
A esperança também reside em jogadores como Diogo Leite e Thierry Correia, cujas idades ainda lhes permitem sonhar com uma chamada à seleção principal. Lourenço Henriques, que se destacou na Liga 3, expressou o orgulho e a ambição de estar presente numa grande competição: Lourenço Henriques afirmou que ()O nosso objetivo passa sempre por ganhar todos os jogos. Se não o conseguirmos fazer, queremos passar e, se não o fizermos, será claramente uma frustração para todos, mas não acredito que isso vá acontecer.().
Lourenço Henriques partilhou também a sua satisfação pessoal: ()É um grande motivo de orgulho e uma alegria muito grande para mim estar aqui presente e fazer parte dos 23 eleitos para o Europeu.(). A próxima prova de fogo para os campeões sub-17 de 2023 será o Mundial no Qatar, entre 3 e 27 de novembro, onde terão a oportunidade de continuar a desenvolver o seu potencial e seguir os passos dos seus antecessores, assegurando um futuro sólido para o futebol português.
