Reinaldo Teixeira aborda centralização e outras questões após Cimeira de Presidentes

  1. Reinaldo Teixeira abordou a centralização dos direitos audiovisuais.
  2. Entrega do dossiê final da centralização prevista para junho de 2026.
  3. Rui Alves (Nacional) propôs o regresso dos Conselhos de Arbitragem e Disciplina à Liga.
  4. Reinaldo Teixeira está há 29 anos na Liga.

Reinaldo Teixeira, presidente da Liga Portugal, abordou a centralização dos direitos audiovisuais e outras questões cruciais após a XV Cimeira de Presidentes. O dirigente destacou a colaboração dos clubes neste processo, mesmo com a saída do Benfica do grupo de trabalho, e abordou ainda a proposta de regresso do Conselho de Arbitragem e do Conselho de Disciplina à esfera da Liga de clubes.

Em entrevista, Teixeira garantiu que o ambiente da Cimeira de Presidentes foi “exemplar”, realçando o espírito construtivo e a elevação das intervenções, mostrando-se reconhecido pelo “contributo de todas as sociedades desportivas”.

Centralização dos Direitos Audiovisuais

Reinaldo Teixeira abordou a contribuição do Benfica para o processo de centralização, apesar de o clube ter deixado o grupo de trabalho, garantindo que não vê isso como “qualquer sinal de não colaboração”. O líder da LPFP frisou que todas as sociedades desportivas têm contribuído “com bastantes sugestões” para o processo e que a entrega do dossiê final está prevista para junho de 2026, com o objetivo de antecipar essa meta.

Teixeira reafirmou que “a centralização só tem avançado” e apontou que qualquer discussão tem sido feita “com base em estudos, sensibilidades e visitas ao mercado”.

Conselhos de Arbitragem e Disciplina

O presidente da LPFP confirmou ainda que houve uma proposta, feita pelo presidente do Nacional, Rui Alves, sugerindo o regresso do Conselho de Arbitragem e do Conselho de Disciplina à esfera da Liga de clubes, em vez de estar na esfera da Federação Portuguesa de Futebol.

Reinaldo Teixeira defendeu que a estrutura atual resulta de uma imposição legal e que qualquer alteração “terá de passar por uma revisão da lei”, assumindo desconhecer “se existe uma vontade real da maioria dos clubes em promover um debate sobre essa mudança institucional”.

O líder da Liga rejeitou ainda a existência de qualquer domínio institucional e garantiu que todos os clubes se reconhecem como parte do sistema competitivo: “Todos os clubes reconhecem que são donos das competições, quer seja da I Liga, quer seja da II Liga. Não senti, nem hoje nem nunca - e estou há 29 anos nesta casa -, qualquer sentimento desse”, reiterou.