Em Mirandela, um apaixonado adepto do Sporting, Germano Bessa, de 70 anos, demonstrou o seu amor pelo clube de uma forma singular e visível: desenhou o símbolo do Sporting em meio hectare de terra, captando a atenção de todos que passam pela A4 e até mesmo sendo visível do céu. Esta obra de arte no campo, que já se tornou um ponto de referência local, nasceu da paixão incondicional de Germano pelo clube de Alvalade.
A iniciativa de Germano reflete o fervor e a dedicação que o futebol pode inspirar. O símbolo, cuidadosamente elaborado com a ajuda de um trator, não é apenas uma demonstração de amor clubístico, mas também uma expressão de criatividade e originalidade que cativou tanto os adeptos do Sporting como os rivais, como é o caso do proprietário do terreno, um adepto do Benfica que encara a situação com bom humor.
A Paixão de Germano Pelo Sporting
A motivação por trás desta impressionante obra é clara: o amor profundo de Germano pelo Sporting. Em declarações, Germano confessou a intensidade dos seus sentimentos pelo clube: ““Sou doido pelo Sporting, quando as coisas correm não correm bem até fico doente. Esta foi a maneira que encontrei de mostrar o meu amor pelo clube.””
Esta paixão, que o acompanha desde a juventude, quando jogava futebol e defrontava os grandes clubes de Lisboa, levou-o a criar algo que pudesse expressar a grandeza do seu sentimento de forma inequívoca e visível para todos.
A ideia de fazer o símbolo num terreno virado para a autoestrada surgiu precisamente da vontade de o tornar o mais visível possível. ““Aquele terreno fica mesmo virado para a autoestrada e eu lembrei-me que era ótimo para fazer o símbolo do Sporting. Assim quem passa, vê logo.””
, explicou Germano. O resultado é uma imagem imponente que, de facto, não passa despercebida aos milhares de automobilistas que diariamente circulam na A4.
Uma Amizade Que Supera Rivalidades
O detalhe mais curioso desta história reside no facto do terreno onde se encontra o símbolo pertencer a Natalino Gomes, um adepto fervoroso do Benfica. No entanto, esta rivalidade clubística não abalou a amizade de longa data entre Germano e Natalino. Germano partilhou a reação divertida do amigo ao ver a “obra”: ““O que ele me disse quando viu aquilo? Não disse nada, riu-se. Mas não ficou zangado comigo. Era o que mais faltava, somos muito amigos há muitos anos. Não nos zangávamos por isto.””
Natalino, apesar da sua preferência clubística, reconhece o valor da iniciativa do amigo e o impacto positivo que tem tido. ““Acho que as pessoas gostam, não é uma coisa normal.””
, afirmou. Esta partilha de terreno e de boa disposição entre adeptos rivais demonstra que, afinal, o futebol pode ser um ponto de união e não de discórdia, mesmo perante demonstrações tão efusivas de clubismo.
O Futuro do Símbolo e a Esperança de Campeão
Ao longo dos anos, o símbolo do Sporting em Mirandela tornou-se uma atração, atraindo muitos que desejam fotografar e admirar a criação de Germano de perto. Para manter o símbolo visível e bem definido, Germano tem a rotina de passar com o trator no terreno. ““Já tenho ali o símbolo há dez anos e de vez em quando tenho de ir lá passar com o trator, para o limpar e manter visível.””
, disse. A última vez que o fez foi após a conquista do campeonato pelo Sporting no ano passado, o que revela a ligação emocional entre a manutenção do símbolo e os sucessos do seu clube.
Com um dérbi contra o Benfica na Luz à porta, a esperança de Germano em ver o Sporting campeão é grande. E o adepto já tem planos para uma eventual vitória: ““Por acaso já não o limpo desde o ano passado, quando fomos campeões. Por isso se formos campeões na Luz, domingo de manhã levanto-me, pego no trator e vou lá limpar o símbolo, para ficar bem visível de toda a parte...””
Esta declaração ilustra perfeitamente a paixão inabalável de Germano pelo Sporting e a forma como o símbolo no campo se tornou um reflexo dos altos e baixos da sua equipa no campeonato.
