FPF confirma saída de diretores na Operação Mais Valia

  1. Saída de quatro diretores
  2. Suspensão relacionada com corrupção
  3. Busca pela Polícia Judiciária
  4. Venda da sede por 11 milhões de euros

A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) confirmou a saída de quatro diretores que estavam suspensos preventivamente no âmbito da Operação Mais Valia. Esta decisão resulta de um acordo alcançado entre a FPF e os referidos profissionais, tornando-os já não parte dos quadros da instituição. O órgão, presidido por Pedro Proença, comunicou a situação através de um comunicado oficial.

Os diretores afetados são Nuno Moura, Paulo Ferreira, Rute Soares e Rita Galvão. Moura e Ferreira eram, respetivamente, os diretores de marketing e financeiro, enquanto Soares e Galvão ocupavam funções relacionadas com a integridade e compliance e recursos humanos. A FPF expressou o seu agradecimento pelo trabalho desenvolvido por estes profissionais ao longo dos anos e desejou-lhes sucesso nas suas futuras carreiras.

Suspensão e Investigações

A suspensão dos diretores ocorreu após buscas realizadas pela Polícia Judiciária nas instalações da FPF, motivadas por suspeitas de crimes como corrupção, recebimento indevido de vantagem e fraude fiscal. A operação, que teve início em 2021, está relacionada com a venda da antiga sede da FPF, em Lisboa, em 2018, por um montante que excede 11 milhões de euros.

As buscas resultaram na constituição de dois arguidos, incluindo o antigo deputado do Partido Socialista António Gameiro e o ex-secretário-geral da FPF Paulo Lourenço. Apesar da gravidade da situação, a FPF não revelou os motivos específicos que levaram à suspensão destes diretores, criando um clima de incerteza nas suas operações.

Reestruturação da FPF

De acordo com o plano estratégico apresentado pela FPF em fevereiro, o organismo pretende promover uma nova visão empresarial e elevar a marca da federação, focando-se numa gestão moderna e exemplar. Esta reestruturação surge num momento crítico, com a FPF a trabalhar para reformular a sua imagem após as recentes controvérsias.

Com estas mudanças, a FPF espera não apenas limpar a sua imagem, mas também preparar o terreno para um futuro mais transparente e sólido no futebol português. As expectativas são altas, e os próximos passos da federação serão cruciais para restaurar a confiança junto dos adeptos e das instituições envolvidas.