Rúben Vinagre, atualmente a representar o Légia Varsóvia, recordou a sua passagem pelo Sporting Clube de Portugal e revelou os motivos que o levaram a deixar Alvalade. Numa entrevista recente, o lateral português não escondeu a desilusão por, segundo ele, não ter tido oportunidade de mostrar o seu verdadeiro valor após uma lesão que o afetou durante a sua estadia no clube.

O jogador português detalhou o impacto da lesão e o processo de decisão de não operar inicialmente, explicando como essa escolha acabou por prolongar o seu período de recuperação e prejudicar a sua performance.

Desilusão em Alvalade

Vinagre expressou a sua frustração por não ter tido a oportunidade de recuperar totalmente e demonstrar o seu potencial após a lesão. ““Senti que no Sporting, depois da lesão, nunca pude lutar para voltar a mostrar o meu verdadeiro valor (...). Porque a lesão não ficou bem tratada, acabei por ser operado depois, mais tarde, no ano a seguir. Só depois dessa operação é que senti 'OK, estou a voltar ao meu nível'””, afirmou o jogador.

O lateral esquerdo explicou que a decisão inicial de não operar teve consequências negativas. ““Na altura, decidiu-se não operar e, mais tarde, depois de perceber que tinha muitas dificuldades a fazer muita coisa, falei com especialistas no Everton e todos disseram que tinha de operar. Operaram e foi a melhor coisa que fiz na minha vida, porque mesmo a andar...””, rematou Vinagre.

Jogo com o Ajax e Imagem Criada

Rúben Vinagre também abordou o jogo contra o Ajax, um momento que, segundo ele, teve um impacto maior nos outros do que nele próprio. ““Acho que esse jogou marcou mais as pessoas do que a mim. Na altura, sim, hoje em dia, não. São coisas que acontecem. Um jogo que me senti mesmo mal foi esse””, completou.

Vinagre recordou o seu início promissor em Alvalade, antes de ser travado por lesões. ““E até comecei muito bem a época, lembro-me de que fiz oito jogos bastante bons. E depois tenho um jogo menos bom””, afirmou.

O jogador considera que a imagem criada nesse jogo, juntamente com a lesão, limitou as suas oportunidades. ““Se fiquei marcado ou não, não sei. O certo é que, depois disso, claro, os meus minutos reduziram muito... Mas, depois, tive uma lesão que ainda reduziu mais, que me tirou dois meses. Foi muito por o acumular disso, esse jogo ter ficado como uma das últimas imagens antes da lesão, que depois tirou-me capacidade de mudar essa imagem que, se calhar, a equipa técnica criou ali daquele jogo””, concluiu Vinagre.