Processo de Maradona: advogado denuncia "pocilga" onde morreu

  1. Burlando apresentou uma maquete do local onde Maradona passou seus últimos dias
  2. A casa era uma "pocilga" e uma sujeira "poucas vezes vista"
  3. A residência era "inapropriada para um internamento domiciliário"
  4. Enfermeiros não teriam ouvido "qualquer queixa, dor ou desejo" de Maradona

O processo judicial que procura apurar os responsáveis pela morte de Diego Armando Maradona, a 25 de novembro de 2020, conheceu esta quinta-feira um novo capítulo, com uma contundente intervenção do advogado Fernando Burlando, que representa as filhas do antigo internacional argentino, Dalma e Gianinna.

Burlando apresentou no Tribunal Oral Criminal Número 3 de San Isidro, em Buenos Aires, uma maquete do local onde Maradona passou seus últimos dias, afirmando que a casa era uma "pocilga" e uma sujeira "poucas vezes vista". O advogado sublinhou que a residência era "inapropriada para um internamento domiciliário", com uma casa de banho com menos de um metro e de difícil acesso, dadas as limitações de mobilidade que afetavam Maradona devido aos seus problemas de saúde.

"Aquilo que pretendo é que descrevam a sujeira que aquilo era", afirmou Burlando, citado pela estação televisiva argentina TyC Sports, concluindo que era impossível que os enfermeiros tivessem ouvido "qualquer queixa, dor ou desejo" de Maradona devido à distância a que se encontravam.

A próxima audiência deste processo está agendada para a próxima terça-feira, com as declarações de oficiais da polícia que foram os primeiros a chegar ao local após a morte do lendário futebolista.