O penálti anulado a Julián Álvarez do Atlético de Madrid em plena Liga dos Campeões deu origem a uma onda de debates sobre a atuação da arbitragem. As imagens mostraram que o argentino tocou duas vezes na bola antes de esta entrar na baliza, levando o árbitro polaco Szymon Marciniak a invalidar o golo após indicação do VAR.
Esta decisão levantou comparações com outros lances polémicos envolvendo jogadores como Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, questionando-se a coerência das interpretações. A UEFA acabou por reconhecer a correção da anulação do golo, mas houve quem criticasse a entidade por não ter destacado de forma mais clara o bom desempenho global do árbitro Marciniak.
Necessidade de formação e confiança dos árbitros
Esta é uma tendência que se verifica não apenas no futebol internacional, mas também no panorama nacional. O foco excessivo em erros pontuais acaba por ofuscar o trabalho da arbitragem, quando esta deveria ser avaliada na sua globalidade. Como declarou Pedro Proença, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Portugal deve ambicionar replicar o feito de ter tido o melhor árbitro do mundo.
Especialistas defendem que o caminho para a melhoria da arbitragem passa por reforçar a competência dos árbitros de campo, dando-lhes ferramentas e formação adequada. O VAR tem sido uma ferramenta útil, mas também pode levar a um certo relaxamento na tomada de decisões por parte dos juízes, que passam a ter uma rede de segurança.
Investir na autoridade e confiança dos árbitros
Assim, é crucial investir na formação contínua dos árbitros, de modo a que estes adquiram maior confiança e capacidade de liderança em campo. Apenas desta forma a sua autoridade será reconhecida pelos jogadores e pelo público, algo que se refletirá numa melhoria global da arbitragem no futebol português.
Como referiu um especialista, «é crucial investir na formação contínua dos árbitros, de modo a que estes adquiram maior confiança e capacidade de liderança em campo. Apenas desta forma a sua autoridade será reconhecida pelos jogadores e pelo público».