César Peixoto, recém-nomeado treinador do Gil Vicente, manifestou-se convicto de que a equipa conseguirá garantir a manutenção na I Liga, apesar de um final de temporada que se prevê desafiante, face à intensa competição na zona inferior da tabela. Na sua apresentação, Peixoto enfatizou a crença no trabalho em desenvolvimento e na qualidade do plantel para alcançar o objetivo.

O Gil Vicente, atualmente no 15.º lugar, com os mesmos pontos do Estrela da Amadora (16.º), procura regressar às vitórias após uma série negativa. A partida frente ao Estrela da Amadora assume, por isso, contornos de grande importância na luta pela permanência.

Confiança Apesar da Série Negativa

Peixoto assumiu o comando técnico de um Gil Vicente em crise de resultados, com seis derrotas consecutivas (cinco no campeonato e uma na Taça de Portugal), sob a liderança de Bruno Pinheiro e, interinamente, de José Pedro Pinto. Apesar deste cenário, o novo treinador encontrou um plantel motivado e com vontade de inverter a situação. «Não senti a equipa em depressão», afirmou César Peixoto, realçando a predisposição do grupo para assimilar novas ideias e trabalhar arduamente.

O técnico salientou a importância de a equipa voltar a sentir o sabor da vitória, mas lembrou que o foco está em todo o campeonato. "O nosso objetivo é fazer com que a equipa cresça, somando o máximo de pontos até ao fim, para atingir a manutenção", acrescentou.

Jogo Importante, Mas Não Decisivo

Na antevisão do confronto com o Estrela da Amadora, a contar para a 25.ª jornada, César Peixoto classificou o jogo como "importante, mas não decisivo". Reconhecendo a necessidade de regressar aos triunfos, após cinco jogos sem vencer no campeonato, o treinador sublinhou que o objetivo primordial é garantir a manutenção no final da época.

«É importante, mas não é decisivo, porque todos os jogos agora têm uma carga emocional grande, mas não é este jogo que nos vai permitir ficar na primeira liga», frisou o treinador do Gil Vicente. Peixoto alertou ainda para a importância de encarar este jogo como mais um passo na caminhada, e não como uma final.

Um Adversário Direto e Um Jogo de Luta

O treinador do Gil Vicente perspetivou um jogo difícil frente ao Estrela da Amadora, equipa que atravessa um bom momento, sem derrotas nos últimos jogos. Peixoto antecipa um encontro disputado, com muitos duelos, segundas bolas e muita luta, onde a qualidade individual poderá não ser suficiente.

O técnico destacou a necessidade de entrega total dos seus jogadores para que a equipa seja competitiva num campo tradicionalmente complicado. «Sabemos que vai ser um jogo de muita luta, duelos e segundas bolas e a qualidade, por si só, não vai chegar», alertou César Peixoto.

Mudanças Táticas: Ajustes, Não Revolução

Questionado sobre possíveis alterações táticas em relação aos seus antecessores, César Peixoto indicou que não pretende implementar mudanças radicais, mas sim ajustes para introduzir as suas ideias, procurando que os jogadores se sintam o mais confortáveis possível.

«Não vou fazer alterações radicais. Vou fazer, sim, uns ajustes para que os jogadores se sintam confortáveis e, dentro disso, tentarem ajudar a equipa com as suas características», explicou o novo treinador do Gil Vicente.

Regresso a Casa e Baixas para a Estreia

Peixoto revelou que a decisão de aceitar o convite do Gil Vicente se deveu à qualidade do plantel e à ligação emocional ao clube, onde jogou entre 2011 e 2015. «Regresso a uma casa que bem conheço», afirmou, mostrando-se satisfeito com a oportunidade e confiante no potencial da equipa.

Para a sua estreia, o técnico não poderá contar com o defesa Zé Carlos (castigado) e com o médio Yaya Sithole (lesionado). Em dúvida, estão ainda o médio Cáseres e o avançado Pablo, a recuperar de problemas físicos.

Sporting Celebra 90 Anos de João Morais, Herói da Taça das Taças

Num outro ponto de destaque, o Sporting assinalou o 90.º aniversário de João Morais, figura histórica do clube, conhecido pelo famoso "cantinho do Morais". Este golo de canto direto, apontado na final da Taça das Taças de 1964, frente ao MTK da Hungria, garantiu a conquista do troféu.

O clube, através das suas redes sociais, recordou o feito do antigo defesa, que faleceu em 2010. «Peguei na bola com jeitinho, disse-lhe umas palavrinhas amigas, dei-lhe um beijinho…», recordou Morais, em tempos, sobre o momento do golo. O antigo jogador descreveu a trajetória da bola, que passou por cima de Figueiredo e do guarda-redes adversário, entrando junto ao segundo poste, resultando numa "euforia total".