Numa partida envolta em controvérsia, o Sporting CP garantiu a sua passagem às meias-finais da Taça de Portugal, vencendo o Gil Vicente por 1-0. O jogo, disputado em Barcelos, ficou marcado por um golo anulado aos gilistas nos minutos finais, alimentando a polémica e o descontentamento da equipa da casa.

José Pedro Pinto, treinador do Gil Vicente, não escondeu a sua frustração com a decisão da equipa de arbitragem, considerando o lance controverso. Rui Borges, por seu lado, mostrou-se crítico com a exibição da sua equipa na primeira parte, mas elogiou a mudança de postura na segunda. A partida ficou ainda marcada pelo reencontro entre José Pedro Pinto e Rui Borges, treinadores que se conhecem há mais de 20 anos.

Reações dos Treinadores

José Pedro Pinto expressou a sua frustração com a anulação do golo, questionando a validade da decisão. Segundo o técnico do Gil Vicente, a margem de três centímetros apontada pela tecnologia é passível de manipulação, e a sua equipa merecia, no mínimo, a disputa do prolongamento. Pinto elogiou a exibição dos seus jogadores, especialmente na primeira parte, onde criaram diversas oportunidades de golo.

Rui Borges mostrou-se bastante crítico com a exibição da sua equipa na primeira parte. O técnico considerou que os jogadores não representaram condignamente o clube, e que o nulo ao intervalo se deveu em grande parte à atuação do guarda-redes Rui Silva. Borges frisou a falta de atitude competitiva da equipa na primeira parte, considerando-a a pior desde que assumiu o comando técnico. No entanto, o treinador reconheceu uma mudança de postura na segunda parte, com a equipa a demonstrar mais intensidade e agressividade. Relativamente à estreia do jovem Kauã, Borges elogiou a sua inteligência e capacidade com a bola, destacando o seu percurso de vida e a realização de um sonho ao jogar pela equipa principal do Sporting.

O Jogo

O Gil Vicente entrou em campo determinado a dificultar a tarefa do Sporting, e a primeira parte foi de parada e resposta, com ambas as equipas a procurarem o golo. Os gilistas, organizados taticamente, criaram várias oportunidades de golo, mas não conseguiram concretizar. O Sporting, por seu lado, sentiu dificuldades em impor o seu jogo, e só perto do intervalo conseguiu criar algum perigo.

No segundo tempo, o Sporting regressou dos balneários com uma atitude diferente, e a entrada de Gyökeres deu mais poder de fogo ao ataque leonino. A equipa visitante assumiu o controlo do jogo, e após vários lances de perigo, Debast inaugurou o marcador, dando vantagem ao Sporting. O Gil Vicente não baixou os braços, e mesmo com a expulsão de Zé Carlos, conseguiu chegar ao golo, que viria a ser anulado por alegado fora de jogo. A decisão da equipa de arbitragem gerou grande contestação por parte dos jogadores e equipa técnica do Gil Vicente.

Controvérsia e Arbitragem

A anulação do golo ao Gil Vicente nos minutos finais gerou grande polémica e descontentamento. José Pedro Pinto questionou a validade da anulação, alegando que a margem de três centímetros apontada pela tecnologia é passível de manipulação. O treinador considerou que a sua equipa merecia, no mínimo, a disputa do prolongamento.

«Acho que é um lance manipulável», afirmou José Pedro Pinto, demonstrando a sua frustração com a decisão da arbitragem.

Próximo Capítulo

Em suma, o Sporting garantiu a passagem às meias-finais da Taça de Portugal num jogo marcado pela polémica e pelo descontentamento do Gil Vicente. A equipa de Rui Borges terá agora pela frente o Rio Ave, na luta por um lugar na final do Jamor.