Rui Borges frustrado com primeira parte, mas elogia reação na segunda parte

  1. Sporting venceu o Gil Vicente por 1-0 nos quartos de final da Taça de Portugal
  2. Rui Borges frustrado com a primeira parte, mas elogiou a reação na segunda parte
  3. Kauã Oliveira, jovem do Gil Vicente, fez a estreia pela equipa do Sporting
  4. Rui Borges espera recuperar jogadores durante a pausa e ter uma equipa mais forte

Após uma primeira parte apagada, o Sporting acabou por vencer o Gil Vicente por 1-0 nos quartos de final da Taça de Portugal. Apesar do triunfo, o técnico Rui Borges não escondeu o seu desagrado com a atuação da sua equipa na primeira metade do encontro.

«Muito honestamente estava chateado pela primeira, nem pela incapacidade que estávamos a ter com bola, porque o Gil Vicente nem era pressionante. Estávamos a falhar passes sem pressão. Sinceramente podemos agradecer ao Rui Silva por duas boas defesas na primeira parte e chegar ao intervalo com 0-0. Estávamos muito abaixo do que é exigido ao clube. É inconcebível o que estávamos a fazer na primeira parte, foi o pior jogo desde que aqui chegámos. Estava mesmo chateado», admitiu o treinador.

Reação na segunda parte

No entanto, Rui Borges destacou a reação da sua equipa após o descanso. «Na segunda parte mudou o chip mental. Foi o único que falei, era a capacidade de exigência individualmente para o coletivo funcionar. Foi o que pedi, a atitude competitiva tinha de ser mais elevada porque não estávamos a dignificar o emblema ao peito. A segunda parte foi clara: muito competitivos, intensos, a pressionar.»

Merecem a vitória

Apesar do susto final, com o Gil Vicente a chegar ao empate já em período de descontos, Rui Borges considerou que a sua equipa mereceu a vitória. «O futebol é bonito por causa disso. O futebol não é tão exato como fazemos dele. Uma primeira parte muito aquém. Desde que chegámos foi a primeira parte, o pior jogo nesse sentido, esta primeira parte. Indisponíveis mentalmente, pouca atitude competitiva. Ao intervalo mudámos. Muito agressivos, competitivos, fortes no duelo, com mais calma. Podíamos ter feito o 2-0. O Gil Vicente faz o empate na única oportunidade e acabamos por ter algum mérito por ele estar em fora de jogo. É muito por aí.»

Confiança e recuperações

A vitória dá confiança ao plantel do Sporting, ainda que Rui Borges tenha admitido que a paragem que se avizinha seja benéfica para recuperar alguns jogadores e deixar a equipa mais forte no resto da temporada.

«A vitória é importante, dá confiança aos miúdos, a quem não tem tantos minutos e tem jogado agora. Temos de ser capazes. A equipa que estava era capaz de vencer o jogo. Não mudou nada em termos táticos, mudou se calhar o discurso ao intervalo, não sei... Mudou o chip mental. Mais do que a tática era a atitude. Na segunda a equipa teve atitude competitiva coletiva muito boa.»

«Acima de tudo tentar recuperar gente de fora, o Geny já voltou. Quando tivermos mais gente, mais opções, a equipa torna-se mais competitiva. Vamos estar mais frescos. Espero que com a paragem consigamos recuperar mais gente e ter uma equipa mais forte.»

Regularidade Irregular

Apesar da irregularidade que tem marcado a época do Sporting, Rui Borges acredita que o tempo de trabalho durante esta pausa possa ajudar a atenuar esse problema.

«O Sporting é o mais regular, vai em primeiro. O que posso prometer é trabalho. Vou ter algum tempo para trabalhar melhor, mas não é em 15 dias que muda tudo. Importante é o grupo ficar mais competitivo, ter mais gente, para no final estarmos mais capazes para dar resposta ao final de época.»

Estreia de Kauã

Além do triunfo, Rui Borges também destacou a estreia do jovem Kauã Oliveira, oriundo da formação do Gil Vicente. «É o momento porque treina connosco todos os dias. Nem tem tido muitos minutos na equipa B, vem de lesão grave. Mas tem-me agradado a capacidade de ter bola, tem inteligência. É uma questão de feeling. Às vezes vamos pressentindo. De qualquer das formas, feliz pela estreia. Vem à procura do sonho. Se calhar há seis meses estava na favela. Nem sei se é da favela ou não. Imagino a felicidade do miúdo. Acima de tudo é mérito dele.».

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