Luís Duque, que liderou a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) entre 2014 e 2015, rejeitou veementemente as afirmações de Pedro Proença sobre o estado «lastimável» e de «pré-falência» em que este encontrou a Liga quando assumiu a presidência.

Num comunicado enviado às redações, Duque afirmou que «essa afirmação, uma repetição de outras feitas nos últimos anos, não corresponde à realidade».

Garantia de sustentabilidade

Segundo Duque, em diversas ocasiões alertou Proença para a «imprecisão» das suas declarações, tendo recebido a garantia de que iria corrigir o «lapso» e reconhecer que, na verdade, Proença herdou uma Liga «não apenas com os cofres cheios, mas com receitas suficientes para garantir a sua sustentabilidade». No entanto, lamentou Duque, Proença «não só nunca o fez, como, optou, na sua despedida, por repetir esta afirmação».

Documentação disponível

O antigo dirigente, que também teve ligações ao Sporting, afirmou estar disponível para apresentar «toda a documentação necessária», incluindo a assinatura de «contratos de patrocínios essenciais» e outras medidas que, segundo ele, garantiram o futuro das ligas profissionais. «Este comunicado não tem como fim atacar ninguém», esclareceu Duque, explicando que esperou pelo fim do processo eleitoral da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) para não interferir nele. Contudo, disse, «em consciência, não posso deixar, por respeito ao esforço da equipa que me acompanhou na Liga, a quem tanto deve o futebol nacional, de repor a verdade sobre a situação financeira no fim do meu mandato».

Pedro Proença, antigo árbitro, esteve 10 anos na liderança da Liga e assume hoje a presidência da FPF, sucedendo a Fernando Gomes.