Rui Silva foi a grande figura do Sporting no empate a zero diante do Borussia Dortmund, na Liga dos Campeões. O guarda-redes português, que chegou a Alvalade no mercado de inverno por empréstimo do Betis, com opção de compra de 4,8 milhões de euros, defendeu uma grande penalidade e alcançou a sua 100.ª folha limpa da carreira profissional.
A defesa da grande penalidade
Para Beto Pimparel, antigo guardião dos leões e da Seleção, Rui Silva é «uma mais-valia» para o Sporting. «Defender grandes penalidades é muito mais instinto do que treino. O trabalho de campo prepara-te o corpo para outras coisas, mas neste vetor específico, é quase tudo instinto», explicou o ex-jogador, que ficou na memória dos adeptos após a final da Liga Europa de 2014, na qual defendeu os remates de Rodrigo e Oscar Cardozo.
Apesar de um erro cometido no jogo com o Arouca, no qual introduziu a bola na própria baliza, Rui Silva respondeu da melhor forma em Dortmund. «O passe foi para o seu pé direito, que não é o dominante, e não a conseguiu captar em condições. É um erro que acontece. No entanto, ultrapassou a folha e isso é prova da sua experiência e maturidade», defendeu Beto.
A experiência de Rui Silva
Com 31 anos e 308 jogos ao mais alto nível, a experiência acumulada por Rui Silva é vista como uma «vantagem» pelos leões. «A defesa é maioritariamente composta por jogadores jovens e a segurança e serenidade que o Rui apresenta acaba por tranquilizar os companheiros de setor, que poderiam denotar alguma inexperiência», analisou o antigo guardião.
Apesar de bem servidos na baliza da Seleção Nacional, Beto acredita que Rui Silva pode voltar a ser convocado. «É complicado porque estamos, felizmente, muito bem servidos de guarda-redes e há quatro ou cinco muito boas opções. Porém, o Rui é sempre um nome a ter em conta», concluiu.