O Borussia Dortmund e os seus desafios numa temporada incerta

  1. O Borussia Dortmund ocupa o 11º lugar da Bundesliga
  2. O treinador Nuri Şahin revelou-se uma escolha errada
  3. A estrutura interna do clube é apontada como um problema
  4. O modelo de negócio baseado na venda de jovens talentos dá sinais de desgaste

O Borussia Dortmund enfrenta uma temporada repleta de desafios e incertezas. Após ter estado perto de conquistar a Liga dos Campeões há poucos meses, o clube alemão encontra-se agora numa posição muito aquém das expectativas, ocupando o 11.º lugar da Bundesliga.

De acordo com o jornalista alemão Kai Schiller, os problemas do Dortmund vão muito além do desempenho em campo. A escolha do treinador Nuri Şahin, em substituição de Edin Terzić, revelou-se um erro, uma vez que o novo técnico não possuía a experiência necessária para liderar uma equipa de topo. «Trouxeram um treinador sem experiência, e isso pesou. Foi um risco que não compensou», afirmou Schiller.

Problemas na estrutura interna


Outro fator apontado como crítico é a estrutura interna do clube. «O Dortmund tem demasiadas pessoas com poder e voz ativa nas decisões. Há falta de uma figura de referência, alguém que una todas essas partes. Nem sempre estão alinhadas, e isso prejudica a equipa», explicou o jornalista.

O modelo de negócio do Dortmund, baseado na valorização e venda de jovens talentos, também parece estar a dar sinais de desgaste. «O problema não é vender talentos, porque isso sempre aconteceu. O problema é que também gastaram muito dinheiro em jogadores rejeitados por rivais ou por clubes de topo», revelou Schiller, citando exemplos como Hummels, Süle e Sabitzer.

Falta de liderança e identidade


Além disso, a falta de jogadores que sejam verdadeiros símbolos do clube é outra lacuna apontada. «Quem é a cara do Borussia Dortmund hoje? Emre Can? É um bom jogador, mas representa mais os tempos difíceis do que os tempos gloriosos. Já não há um Reus, um Hummels ou um Götze no auge. E isso faz diferença», lamentou o jornalista.

Esta crise de identidade reflete-se também no desempenho do Dortmund na Bundesliga, onde já não é mais a segunda melhor equipa da Alemanha. «O Leverkusen está claramente acima, e o Leipzig aproxima-se», afirmou Schiller, para quem o objetivo imediato do clube deve ser garantir um lugar na próxima edição da Liga dos Campeões.

Esperança na Liga dos Campeões


Apesar das dificuldades na liga doméstica, o Dortmund conseguiu um bom desempenho na fase de grupos da Liga dos Campeões. No entanto, o jornalista alemão não acredita que essa prestação seja um verdadeiro indicativo de força europeia. «Surpreenderam-me na fase de grupos, mas quando enfrentarem uma equipa como o Manchester City, o Real Madrid ou o PSG, não terão hipóteses. Não têm poder para isso», frisou.

Quanto ao confronto com o Sporting, Schiller reconhece que a vantagem de 3-0 conquistada pelos alemães em Alvalade coloca o Dortmund numa posição muito confortável. Além disso, o fator casa será determinante: «Nos jogos em casa, o Dortmund é uma equipa diferente. O Signal Iduna Park é um estádio incrível, com a melhor atmosfera da Alemanha. A 'Yellow Wall' impressiona qualquer adversário», vincou. «Com mais de 25.000 adeptos de pé a apoiar sem parar, torna-se um ambiente muito difícil para quem joga contra o Dortmund.»

Apesar das dificuldades, o Sporting não deve desistir da remontada. O jornalista alemão reconhece que a tarefa é hercúlea, mas acredita que, se há um momento para acreditar, este poderá ser o ideal. Afinal, quando a pressão aperta, as fissuras no Dortmund têm tendência a aparecer.

Vitória de Guimarães anuncia lucro de 2,8 milhões de euros no primeiro semestre

  1. Resultado líquido positivo de 2,8 milhões de euros no primeiro semestre
  2. Melhoria significativa face ao período homólogo da época transata, que havia terminado com um prejuízo de 14,7 milhões de euros
  3. Aumento de 60% no valor total dos rendimentos, impulsionado pela participação do clube na UEFA Conference League e pela realização de mais-valias no mercado de transferências de verão
  4. Valor negativo dos capitais próprios de -28,359 milhões de euros