O processo contra Frederico Varandas, presidente do Sporting, teve início após este ter classificado Pinto da Costa, líder do FC Porto, como «bandido» em declarações públicas. Esta afirmação motivou uma queixa do presidente portista, dando origem a um julgamento que decorre no Tribunal do Bolhão, no Porto.
Na primeira sessão do julgamento, realizada esta terça-feira, Varandas recusou-se a prestar declarações, afirmando apenas que «respeita o trabalho da Justiça, mas não tem nada a dizer». O presidente do Sporting havia solicitado que o julgamento fosse realizado em Lisboa, argumentando que as declarações em causa foram proferidas na capital, mas o pedido foi recusado.
Pinto da Costa não compareceu à sessão, que prosseguiu com a audição de seis testemunhas, incluindo o ex-presidente da Assembleia-Geral do FC Porto, José Manuel Matos Fernandes. O juiz conselheiro jubilado foi a primeira testemunha da acusação e classificou as palavras de Varandas como «um insulto do pior». Nas suas palavras, «a ideia que eu tinha era que [Varandas] era uma pessoa civilizada. Achei estranhíssimo que tivesse aquele deslize linguístico. É um insulto do pior».