O trabalho de João Pereira no Sporting revisitado

  1. Muitas das ideias feitas no futebol resultam mais de rótulos colocados à pressa do que de observação efetiva e sistemática, mesmo de analistas e comentadores
  2. O curto período de tempo em que Pereira assumiu a equipa não permite tirar conclusões definitivas sobre a sua capacidade para liderar os leões
  3. O Sporting chocou de frente com a lei de Murphy

Rótulos apressados e ausência de análise sistemática

Muitas das ideias feitas no futebol resultam mais de rótulos colocados à pressa do que de observação efetiva e sistemática, mesmo de analistas e comentadores. Um exemplo disso é a forma como tem sido avaliado o trabalho de João Pereira no comando técnico do Sporting. Conforme o autor do texto destaca, "confesso ter dificuldade em entender como tanta gente pôde concluir num par de semanas, por exemplo, que João Pereira não é treinador para o Sporting, valorizando mais as conferências de imprensa ou a postura no banco que putativas alterações ao modelo de jogo do Sporting, decerto difíceis de discernir até agora". De facto, o curto período de tempo em que Pereira assumiu a equipa não permite tirar conclusões definitivas sobre a sua capacidade para liderar os leões.

Fatores que não dependem de João Pereira

O articulista lembra que "qualquer de nós estará hoje mais tentado em dizer que não será o homem certo no lugar do que em apostar no inverso, mesmo singelo contra dobrado". E acrescenta que "não tem certezas e não vê com facilidade que se possa ter ao dia de hoje". Para explicar o momento do Sporting, o autor aponta vários fatores que, a seu ver, não são da responsabilidade do novo treinador: a "orfandade natural de Rúben Amorim que seria sempre sentida"; as lesões de jogadores nucleares como Pote, Bragança e Morita; erros de arbitragem "penalizadores" no jogo com o Santa Clara; o mérito dos adversários, nomeadamente do Santa Clara e do Moreirense, "que os grandes são sempre favoritos mas não jogam sozinhos"; e a "questão mental, de uma equipa que só sabia ganhar e de repente desconfia de si própria".

Um futuro incerto

Neste contexto, o autor considera que "o Sporting chocou de frente com a lei de Murphy". E quanto ao futuro, afirma que "se a vitória frente ao Boavista vai ter o efeito de inverter a tendência também ninguém pode adivinhar ao dia de hoje". Os próximos jogos, com o Santa Clara (Taça de Portugal), Braga e Benfica, "vão definir o futuro do treinador e da própria época dos leões". Perante este cenário, o articulista acredita que, "se correr bem", muitos dos que hoje criticam João Pereira de forma "agressiva" não farão "mea culpa" e não reconhecerão "o absurdo de algumas críticas". E remata, citando Rúben Amorim: "E desta vez dobrado contra singelo". No final, o texto aborda ainda a decisão de Vítor Bruno, treinador do FC Porto, de deixar de sujeitar os jogadores ao "enxovalho absurdo das claques após um resultado negativo", algo que o autor considera uma "luminária" e questiona o que leva "tanta gente a alinha na tonteria de a imitar".

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