João Pereira, o jovem treinador português, assumiu recentemente o comando do Sporting, em uma situação nada fácil. Após a saída de Ruben Amorim, que deixou o clube em uma posição de destaque, Pereira enfrenta o desafio de dar continuidade ao trabalho do antecessor e manter o Sporting no topo.
Pereira não tinha muito a ganhar ao assumir o banco do Sporting em um momento tão precoce de sua carreira. Com a herança deixada por Amorim, o novo técnico tem a responsabilidade de dar sequência ao trabalho do treinador que levou o clube a grandes conquistas. No entanto, após o primeiro revés, já se levantam dúvidas sobre a capacidade de Pereira de lidar com a pressão.
Pressão da profissão de treinador
A profissão de treinador é uma das mais expostas, especialmente no futebol. Jogadores e técnicos acreditam constantemente que podem ser «o tal», mesmo que nem sempre haja sustentação lógica ou racional para tal nível de autoconfiança. Isso vale tanto para Ruben Amorim quanto para João Pereira e qualquer outro treinador.
Pereira chegou a Inglaterra com naturalidade e, por enquanto, parece ter convencido a todos. Porém, o desafio de dar continuidade ao trabalho de Amorim será uma tarefa árdua. Se tudo correr bem, Pereira poderá ser visto como aquele que aproveitou o trabalho do antecessor. Mas se não conseguir ser campeão após Amorim ter colocado o Sporting em uma posição de destaque, a opinião pública poderá considerar que ele não tinha «unhas» para lidar com o «Ferrari» deixado por Amorim, lembrando a infeliz expressão de Jorge Jesus sobre Rui Vitória.
Revés diante do Arsenal
O revés por 1-5 diante do Arsenal é um «banho de realidade» para Pereira, que pode ter sido responsabilizado por decisões que fracassaram, como a inclusão de Edwards no time titular ou a preparação para as bolas paradas dos gunners. Além disso, Pereira não parece ter a mesma capacidade de comunicação e de inspirar as hostes como Amorim.
Desafio de provar seu valor
Resta a Pereira aceitar o fardo e provar que é o homem certo para o cargo. Ele terá que lidar com a pressão de não estragar o trabalho de Amorim e mostrar que pode ser o responsável por qualquer rival que apareça «arranhado». A herança deixada por Amorim é, de facto, terrível, mas Pereira terá que enfrentá-la.