O Estádio de Alvalade recebeu um embate entre o Sporting e o Arsenal, válido pela 5.ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões. As expectativas eram elevadas para os leões, que vinham de uma goleada sobre o Manchester City, mas o resultado final foi completamente diferente.
Os campeões nacionais tiveram mais posse de bola, remataram mais e somaram mais passes do que no jogo com os citizens. No entanto, isso não foi suficiente para evitar uma pesada derrota por 5-1 frente aos gunners.
Leões não conseguiram penetrar na área do Arsenal
Uma das principais armas utilizadas pelos leões foi o recurso a remates de fora da grande área adversária, tendo os jogadores testado David Raya de longe em 10 ocasiões. «Os disparos de Hjulmand e Morita certamente criaram alguma sensação de perigo na defensiva dos gunners, mas o guarda-redes espanhol respondeu da melhor forma a este recurso ofensivo, e conseguiu frustrar a confiança da equipa verde e branca neste aspeto», referiu o analista.
Ao contrário do jogo com o Manchester City, em que a equipa de Rúben Amorim apenas tentou rematar de fora da área uma vez, nos restantes jogos europeus desta campanha os números de remates de longa distância foram inferiores, com 7 contra o Lille e 5 frente ao Sturm Graz. Contra o PSV Eindhoven, o Sporting nem sequer rematou de longe em qualquer ocasião.
Falta de agressividade nas transições defensivas
Um outro aspeto que se destacou negativamente foi a falta de agressividade demonstrada pelo Sporting nas transições defensivas. A equipa cometeu apenas seis faltas frente ao Arsenal, o número mais reduzido dos leões esta época na Liga dos Campeões. Nos jogos com o Manchester City, Sturm Graz, PSV e Lille, os números de faltas cometidas foram sempre superiores.
«O aspeto defensivo foi, garantidamente, outro calcanhar de Aquiles dos leões, mas, para além dos erros individuais, que ajudaram ao avolumar do resultado, o aspeto que saltou mais à vista foi a falta de agressividade demonstrada nas transições defensivas», analisou o especialista.
Leões tiveram dificuldade em penetrar na defesa do Arsenal
As tentativas de golo através de remates de fora da área podem ser justificadas pela dificuldade dos leões em penetrar na área adversária, devido à organização do quarteto defensivo do Arsenal, e pela pressão imposta pelo conjunto inglês aos médios e extremos leoninos.
Essa dificuldade levou a equipa verde e branca a procurar mais os cruzamentos para a área, ao contrário do que aconteceu na vitória frente ao Manchester City, em que não completaram qualquer cruzamento.
Sporting não conseguiu repetir a exibição frente ao Manchester City
Apesar de terem tido mais posse de bola, mais remates e mais passes do que no jogo com o Manchester City, os leões não conseguiram repetir a exibição que lhes valeu a vitória sobre os citizens.
«As justificações para a derrota serão, certamente, muitas, mas a comparação estatística entre os dois jogos ajuda a explicar as diferenças entre o Sporting que venceu o campeão inglês, na jornada anterior da Liga dos Campeões, e o que defrontou o Arsenal», concluiu o analista.