Uma mudança antecipada
A era Rúben Amorim chegou ao fim no Sporting mais cedo do que o previsto. O treinador que liderou a conquista do título e a excelente campanha na Liga dos Campeões acaba de aceitar o convite do Manchester United, deixando os leões nas mãos de João Pereira.
O próprio presidente Frederico Varandas adiantou que a sucessão foi antecipada, pelo que João Pereira chega ao banco prematuramente, apesar de esta já ser a quarta época em que estava a trabalhar na formação dos leões, entre as equipas sub-23 e B.
Expectativa elevada
A expectativa é grande entre os sportinguistas, que esperam que o nível de jogo se mantenha, como também entre os rivais, que torcem para que a transição não seja pacífica. «O trabalho de Rúben Amorim em Alvalade foi fantástico, nomeadamente neste primeiro terço de temporada. Basta dizer que no campeonato ganhou todos os jogos!», lembra um adepto.
Juntam-se as qualificações nas Taças de Portugal e da Liga e o segundo lugar na Liga dos Campeões, com três vitórias, entre elas a inesquecível sobre o Manchester City, e um empate, como PSV, em Eindhoven. «Um percurso fabuloso, que até fez muitos adeptos esquecerem-se da derrota na Supertaça.», acrescenta.
A herança de Rúben Amorim
Rúben Amorim construiu uma equipa de autor em Alvalade, mas apesar da saída do treinador para Inglaterra esta não vai ficar órfã. «Aceito que durante e depois do jogo com o Amarante sejam inevitáveis as comparações, mas no futebol tudo muda muito rápido e a partir de sexta-feira já será o Sporting de João Pereira.», explica um comentador.
A fasquia está muito alta. A equipa vence e convence, mas este jogo com o Amarante já vai ter o dedo de João Pereira. «A base está lá e, na minha opinião, o ex-treinador da equipa B deve mantê-la, mas não pode pensar pela cabeça de Rúben Amorim. A começar pela escolha do onze ou quando chegar o momento da primeira substituição. No futebol não há imitações e aos poucos vai dar o cunho pessoal à equipa, tendo como garantia a qualidade.», acrescenta.
Garantia de liderança
«O jogo de Braga, o último de Amorim, é um bom exemplo. Com a equipa a perder por dois golos ao intervalo, ninguém deixou de acreditar. Todos arregaçaram as mangas, liderados por Hjulmand, um verdadeiro capitão.», recorda um adepto.
«João Pereira, como qualquer treinador, vai ser muito do que os jogadores quiserem. E por aqui parece-me que pode estar descansado. O Sporting vai ter dois líderes. Um dentro e outro fora de campo.», conclui.