Após três anos no comando do Sporting, Rúben Amorim aceitou o convite do Manchester United, um dos maiores clubes do futebol mundial. Mesmo confessando que «o Manchester United era aquilo que queria», a saída do técnico português não foi fácil, refletindo-se na «aflição» demonstrada ao abandonar a equipa durante a época.
A chamada inevitável
Há três anos, Amorim brincava com a possibilidade de receber um telefonema do Manchester United, dizendo que não atenderia números desconhecidos. Agora, perante o convite do emblema inglês, o treinador não conseguiu resistir. «Só uma minoria, provavelmente de adeptos levados pelo irracional da paixão (clubística), e muitos mudariam de emprego se a empresa do lado oferecesse umas dezenas de euros a mais», justifica o articulista, compreendendo a decisão de Amorim.
«Quantos treinadores podem dar-se ao luxo de recusar um convite do United, referência da melhor liga do mundo e um dos emblemas com maior dimensão à escala global?», questiona o texto, realçando que Amorim «já tinha deixado escapar um ou outro avião, e não podia desperdiçar a vaga aberta neste voo, a não ser que tivesse destino melhor garantido para o verão».
A saída «inevitável»
Apesar da «aflição» demonstrada por Amorim ao deixar o Sporting, o processo de saída contou com «uma espécie de pacto de gratidão», refletido na «cordialidade» na despedida. O treinador realçou que o Sporting lhe proporcionou «a melhor fase da carreira», após uma «aposta de risco» que justifica os «louvores» a Hugo Viana e Frederico Varandas.
Já o presidente do Sporting, Frederico Varandas, «apresentou uma segurança invulgar no discurso», apesar de ter «evitado» a questão da cláusula de rescisão de 10 milhões de euros.
Salvaguardar o passado e o presente
Ultrapassada a turbulência da saída de Amorim, houve «o cuidado de defender o passado e salvaguardar o presente». Abriu-se «a porta grande» para Amorim sair do Sporting e rumar ao Manchester United.