Guilherme Farinha, treinador português que era preparador físico no Belenenses quando Rúben Amorim subiu à equipa principal, considera que o antigo médio atingiu o topo, tanto como jogador como treinador.
«Fomos ver um jogo de juniores entre o Benfica e o Belenenses e disse: 'Este menino é muito bom jogador'. Rúben Amorim e Rolando acabaram por subir à equipa principal, já mereciam. É um treinador top, já nada tem a provar, tem o Sporting nos píncaros da lua», contou o técnico.
Como jogador e como treinador
«Como jogador era muito bom, interpretava muito bem o jogo, toda a essência do futebol, era muito disciplinado, preparava-se bem fisicamente, com um comportamento e educação esmeradas. Mas não o consegui ver como treinador. Quando soube que era treinador do Casa Pia, fiquei na expectativa, 'vamos ver se seguirá os passos de jogador'. Era um grande jogador, é um grande treinador, em qualquer dos casos está no top.»
O regresso ao Casa Pia
Na antecâmara do jogo com o Casa Pia, Guilherme Farinha recordou o seu passado nos gansos como treinador em 2001/02 e 2003/04, além das mudanças registadas no clube nos últimos anos.
«Estávamos na 2.ª Divisão B, agora o Casa Pia está na Liga, tem feito campeonatos interessantes, tem uma equipa homogénea, mas tem de se deslocar a Alvalade para defrontar aquele que é o meu clube desde que nasci, treinado por um ex-jogador meu, excelente treinador, uma equipa bem armada, bem organizada. Vejo o Sporting a ganhar, Deus queira que não por goleada, pelo amor que tenho pelo Casa Pia», notou.
Um amor com mágoa à mistura, como explicou: «Salvei o Casa Pia da primeira vez, fizemos uma excelente recuperação, de 20.º para 5.º. Da segunda vez iniciámos a época. O Sporting convidou-nos para ver o jogo com o V. Guimarães para escolher juniores, escolhi o Silvestre Varela, o Semedo, o Miguel Ângelo e o Mateus. O Peseiro disse-me 'Porra Farinha, você escolhe os melhores…' . Íamos em primeiro mas cometi um grande erro, fui para o Sportivo Luqueño, do Paraguai, estou arrependido. Subiu o Barreirense. Não me perdoo por ter deixado o Casa Pia, nesse ano subíamos…»