O Sporting visita o Estoril, na próxima sexta-feira, em jogo a contar para a sétima jornada da I Liga, com uma das principais incógnitas relacionada com o guarda-redes que Rúben Amorim irá escolher para defender a baliza. Após a lesão de Vladan Kovacevic, a responsabilidade recaiu sobre Franco Israel, e o internacional uruguaio tem dado conta do recado, não sofrendo qualquer golo ao cabo de três partidas.
Pierre Sarratia, que trabalhou com o jovem guarda-redes nas camadas jovens do Nacional de Montevideu, defende que Franco Israel deve manter o estatuto de titular no Sporting.
A confiança em Franco Israel
O que acontece é que os grandes clubes escolhem, por norma, guarda-redes experientes. Mas há casos de sucesso como Donnarumma ou Restes que tem 18 anos e é titular do Toulouse. Depois, se pegam, duram muitos anos e torna-se complicado para um jovem aparecer. Com o Franco foi um pouco assim. É preciso confiar nele, pois é o presente e o futuro do Sporting, começou por afirmar Sarratia.
O antigo treinador destaca a personalidade do jovem guarda-redes. Quando ganhou a Libertadores sub-20 com o Nacional tinha 18 anos e recordo a timidez que tinha com os seus companheiros, mas era ele que mandava em toda a defesa já na altura. Pensei logo que se a sorte o acompanhasse tinha futuro. O que gostei mais, logo no início, foi da sua personalidade: na vida, todos os dias, educado, sempre com um sorriso. No campo era um leão, com presença, bom jogo de pés e forte no jogo aéreo, contou.
A mentalidade forte de Franco Israel
O antigo treinador da formação francesa destaca ainda a mentalidade forte de Franco Israel, algo fundamental para um guarda-redes. Os jogadores de campo têm 10 posições para jogar e os guarda-redes apenas uma. É preciso ter uma mentalidade forte para lutar apenas por um lugar. O Franco tem isso e é essa personalidade que faz um grande guarda-redes. A idade até passa para segundo plano, afirmou.
Sarratia recorda ainda que, quando Franco Israel assinou pelo Sporting, um treinador português, no caso Álvaro Rodrigues (adjunto de Lamouchi no Al-Riyadh), lhe perguntou se conhecia o jovem uruguaio, uma vez que era reforço dos leões. Só lhe disse que podia ficar tranquilo. E digo o mesmo agora: com ele o Sporting pode ficar tranquilo, garantiu.
O aparecimento de jovens talentos em Portugal
O antigo treinador da formação francesa, que chegou a orientar nomes como Didier Deschamps e Bixente Lizarazu, destaca ainda o bom trabalho feito pelos clubes portugueses no aparecimento de jovens talentos. Portugal é um produtor de talento e Israel tomou uma boa decisão com o Sporting. É um dos grandes, luta por títulos, e por isso também já é internacional pelo Uruguai. Está numa fase de maturidade, no ponto para uma afirmação, concluiu.