Uma festa grandiosa e exemplar: as memórias de Vítor Cândido sobre os festejos do Sporting

  1. Uma festa grandiosa, espetacular, emocionante e exemplar
  2. Multidão de adeptos sportinguistas em festa até às 4 da manhã
  3. Celebrações do passado mais comedidas, como em 1962
  4. Figuras populares e exuberantes nas festas, como Armando Coutinho e Horácio Galã

As lembranças do jornalista Vítor Cândido sobre as celebrações dos adeptos do Sporting após a conquista do título de campeão nacional revelam uma festa verdadeiramente espetacular e emocionante.

«Um mar de gente; tanta juventude, tantas crianças, tantas mulheres... tanta alegria, tudo feito em paz e harmonia», descreve Cândido sobre a festa dos sportinguistas após o jogo deste fim de semana no Estoril. A derrota do Benfica em Famalicão precipitou os festejos, com a organização do Sporting já preparada para essa eventualidade.

Uma festa sem precedentes


«Que força, que enorme mobilização sportinguista! E que bonito, pá! Tantas crianças, tanta juventude, tantas mulheres. Tanta alegria, tudo feito em paz e harmonia, sem qualquer incidente, num cortejo pelas avenidas de Lisboa, com a multidão a aplaudir os campeões. E, por fim, um mar de gente feliz, na rotunda do Marquês de Pombal, numa festa em que ninguém arredou pé. Com transmissão permanente em todas as televisões, até às quatro da madrugada.»

Cândido recorda que antigamente as celebrações do futebol eram mais comedidas, como na conquista do campeonato de 1962, quando houve invasão do campo e os jogadores foram levados em ombros, já quase todos descascados. «Eu era rapaz, também lá andei», conta.

As celebrações do passado


No século passado, os jogos realizavam-se à tarde e a forma de festejar o título era diferente. Havia sempre figuras populares e exuberantes, como o Armando Coutinho, conhecido por Penalty, que aparecia com um manto real, uma coroa e um triciclo motorizado verde, com uma bandeira enorme do Sporting. Outro exemplo era o sportinguista Horácio Galã, lutador da Luta Livre Americana, que passeava pela Baixa com a capa com que se apresentava nos combates.

Em 1974, no tempo de João Rocha, as batucadas de «Os Vapores do Rêgo» marcaram uma era. «Este grupo de músicos brasileiros residentes em Lisboa (no bairro do Rêgo), onde pontificava o Zé Americano, com o seu bigode, instalava-se na bancada central do Estádio José Alvalade e não parava durante todo o jogo. Aquela batucada em ritmo de samba inspirou a equipa, treinada por Mário Lino, para a conquista da dobradinha», recorda Cândido.

Outras celebrações memoráveis


Cândido recorda ainda que, no final dessa época, para festejar a conquista do Campeonato e da Taça de Portugal, o cavaleiro Samuel Lupi convidou a equipa para passar um dia de convívio na sua herdade do Rio Frio, com um jogo de futebol e uma garraiada com o Fernando Tomé e o Vítor Damas vestidos a rigor.

Outras celebrações memoráveis foram em 1970, quando o Sporting conquistou o campeonato com enorme superioridade, com uma «descarga de foguetes à moda da terra» no topo norte do estádio, «parecendo uma festa popular lá do Norte». E em 2000, quando o Sporting voltou a ser campeão após 18 anos, com os jogadores a dividirem-se entre Alvalade e o Marquês de Pombal, onde o capitão Yordanov colocou o cachecol no leão da estátua.

Celebrações no século XXI


Cândido recorda ainda as celebrações em 2002, com Laszlo Boloni, e agora em 2024, afirmando que «Coisa do século XXI...».

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