Um Título Histórico
Após 34 jogos, a histórica campanha do Sporting nesta edição da Liga Portugal Betclic chegou, oficialmente, ao fim. 29 vitórias e três empates permitiram a soma de 90 pontos, um máximo na história do clube - menos um que o recorde geral, do FC Porto -, e a conquista do 20º título de campeão nacional, celebrado nesta tarde de sábado com o pleno de vitórias caseiras: 17 em 17!
E foi mesmo isso que se viveu em Alvalade, uma enorme festa! Sorrisos rasgados, despedidas sentidas e uma notável comunhão entre plantel e bancadas, numa tarde em que também se olhou para o futuro: foi estreada a nova (e polémica) camisola principal, assim como preparada a final da Taça de Portugal. E para quem tem os olhos na dobradinha, nada como fechar o campeonato com uma vitória por 3-0, daquelas sem espinhas.
O Contraste do Último Classificado
Do outro lado das trincheiras esteve o contraste perfeito para um campeão em festa. O GD Chaves, último classificado, entrou em campo já despromovido. Tinha como único objetivo despedir-se da Liga com a cabeça erguida, quiçá criar o primeiro escorregão caseiro do Sporting, mas, como tantos outros objetivos em 2023/24, esse ficou por cumprir.
A entrada das equipas no relvado foi um dos momentos mais marcantes do confronto. Os flavienses entraram primeiro, organizando-se para a guarda de honra que fizeram, instantes depois, à equipa do Sporting. Os leões vestiam a nova camisola, que será, apesar do domínio do preto, o manto principal da próxima temporada. Essa escolha foi assobiada por muitos dos adeptos que, simultaneamente, abanavam cartazes.
Hat-trick Anulado, Expulsão e Reação
Volvido um quarto de hora chegou o bis do sueco Viktor Gyökeres, que aproveitou o passe de Esgaio para rodar sobre um defesa e finalizar da melhor forma uma bela jogada ofensiva do Sporting. O tipo de jogada que leva a que seja quase unânime a consideração desta como a melhor equipa da Liga nos últimos 10 meses!
Antes do intervalo, Gyökeres ainda celebrou o hat-trick e golo 30 na Liga, mas nova intervenção do VAR levou a que esse tento fosse invalidado por falta de Coates. O que parecia ser a primeira boa notícia da tarde para Moreno Teixeira no banco do GD Chaves rapidamente deixou de o ser, já que na bola parada consequente Júnior Pius, que já tinha sido expulso contra o FC Porto no seu último jogo, viu o vermelho por agressão a Hjulmand.
Paulinho Sentencia o Jogo
Com medo de uma goleada que deixasse os transmontanos num estado anímico ainda pior, o treinador visitante foi forçado a mexer ao intervalo. Bruno Rodrigues, Sandro Cruz e João Correia entraram para solidificar a equipa e o impacto foi imediato, com duas boas oportunidades em sucessão. O problema foi que, ao mesmo tempo, Amorim lançou Paulinho e este não tardou a mostrar os dentes...
Foi um bom golo do avançado, que finalizou em vólei mais um lance de muita qualidade. A jogada começou num excelente passe de Luís Neto que, curiosamente, aproveitou a seguinte paragem no jogo para ser substituído e recolher todos os (muitos) aplausos que o estádio tinha para lhe dar em tarde de despedida.
Um Goleador Insaciável
O final de jogo ficou ainda marcado por uma situação que descreve da melhor forma a essência do goleador-mor deste campeonato. O árbitro deu dois minutos de descontos e não compensou uma lesão, de forma perfeitamente normal. Mal apareceu o apito final, Viktor Gyökeres correu na direção do árbitro para protestar. Queria mais tempo, para ainda tentar o terceiro golo.
Foi uma festa, uma exibição e um resultado digno de uma despedida plena de vitórias em Alvalade. Agora, segue-se a Taça. Para o Chaves... segue-se a II Liga.