Arbitragem 'salva' pelo VAR no Sporting-Chaves

  1. Manuel Oliveira, árbitro da AF Porto, dirigiu o Sporting-Chaves em Alvalade
  2. Rui Costa desempenhou a função de videoárbitro e 'salvou' o árbitro de 3 decisões erradas
  3. O especialista Duarte Gomes atribuiu uma nota 6 à arbitragem, considerando que Oliveira foi 'salvo pelo VAR'
  4. O VAR anulou um penálti mal assinalado e validou outro que o árbitro não tinha visto

Oliveira 'salvo' pelo VAR


Manuel Oliveira, árbitro da AF Porto, deslocou-se a Lisboa para dirigir o jogo entre o Sporting e o Chaves, em Alvalade. O portuense foi auxiliado à distância por Rui Costa, que desempenhou a função de videoárbitro.

Este foi apenas mais um exemplo da importância da tecnologia de videoarbitragem no futebol. De acordo com Duarte Gomes, especialista d'A Bola, «por muitos erros (por ação ou omissão) que ainda se cometam com a tecnologia - repito, há que selecionar os melhores para a função e não apenas premiar os despromovidos -, a verdade é que a esmagadora maioria das intervenções são adequadas e anulam decisões erradas tomadas em campo.»

Lances revistos pelo VAR


Neste jogo, Rui Costa «salvou literalmente Manuel Oliveira de três decisões erradas em lances muito relevantes. Fê-lo em menos de 45 minutos, dando ao jogo a verdade e justiça que merecia», analisou Duarte Gomes.

2 minutos: Falta fora da área não assinalada


Aos 2 minutos, «Falta fora da área de Gonçalo Inácio sobre Jô Batista. O árbitro teve opinião diferente, mas ficou por assinalar pontapé-livre direto favorável ao GD Chaves.»

13 minutos: Penálti bem anulado


Aos 13 minutos, «Manuel Oliveira pode ter entendido que houve falta passível de pontapé de penálti no primeiro momento (toque de Vasco Fernandes no braço direito de Francisco Trincão) ou no segundo (quando Nogueira fez carrinho deslizante sobre o avançado). Quanto a nós, em nenhum houve infração dos defesas, por isso a decisão final - a anulação do castigo máximo - foi acertada. A intervenção do VAR não se justificava na primeira ação (por ser interpretativa/subjetiva), mas era "obrigatória" na segunda (por ser muito claro que o tacle do central foi legal). Terá sido essa a justificação para a revisão, após conversa com o árbitro da partida.»

19 minutos: Penálti bem assinalado


Aos 19 minutos, «Cruzamento da esquerda de Morita foi intercetado pelo braço direito de Guima, que saíu da zona natural do corpo para desviar o esférico de forma irregular. Este é um daqueles lances que muito dificilmente poderia ser visto em campo. Nova intervenção correta do VAR, a propor a revisão da jogada. Pontapé de penálti bem assinalado.»

Outras decisões acertadas


Aos 30 minutos, «Jô Batista, ao proteger a posse de bola, tocou com o braço direito no rosto de Coates, que encostou para disputar o lance com ele. Infração imprudente, apenas isso.»

Aos 45+1 minutos, «Golo bem anulado a Gyokeres (que pareceu estar em posição irregular não assinalada), com mérito exclusivo do VAR: no início da jogada, Coates cometeu mesmo falta clara (derrubou Jô à frente do árbitro assistente) junto à sua área. A revisão da jogada deu justiça e verdade ao lance.»

Aos 45+6 minutos, «Cartão vermelho bem exibido a Júnior Pius: o nigeriano, após provocado por Hjulmand (foi bem advertido), atingiu o adversário com uma cotovelada na zona do pescoço. Este tipo de infrações estão tipificadas como conduta violenta.»

Aos 48 minutos, «Ricardo Esgaio impediu de forma antidesportiva a progressão de João Correia. O árbitro esteve bem ao exibir-lhe o cartão amarelo.»

Aos 50 minutos, «Jô cabeceou a bola contra as pernas de Esgaio. Alguns jogadores ainda esboçaram pedido de penálti, mas sem razão. Lance bem avaliado na área do Sporting.»

Alguns erros do árbitro


Aos 52 minutos, «Falta clara, por sancionar, de Coates sobre Jô Batista. O árbitro errou ao não sancionar a obstrução com contacto que deixou o brasileiro momentanemente lesionado. A infração cortou saída prometedora dos flavienses e devia ter valido advertência para o uruguaio.»

Aos 79 minutos, «Novo erro de Manuel Oliveira, ao voltar a perdoar advertência a Coates, desta vez na sequência de entrada fora de tempo e negligente (pisão no pé direito) sobre Jô Batista.»

Concluindo, Duarte Gomes atribui uma nota 6 à arbitragem, afirmando que «Manuel Oliveira foi «salvo pela competência do VAR».

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