Gyökeres, Hjulmand e Catamo, os heróis do 20.º título do Sporting

  1. Gyökeres chegou ao Sporting por mais de 20 milhões de euros, vindo do Coventry
  2. Gyökeres marcou 41 golos e deu 14 assistências em todas as provas
  3. Paulinho também fez a sua melhor época, com 19 golos até ao momento
  4. Hjulmand teve um papel fulcral no equilíbrio da equipa após a saída de Ugarte

Um investimento milionário que se revelou um "génio"


Na sua época de estreia em Alvalade, com o selo de jogador mais caro da história do clube (mais de 20 milhões de euros), Gyökeres justificou o investimento e foi determinante na conquista da I Liga. A época 'leonina' foi além do sueco, com o dinamarquês Hjulmand, também reforço, a aparecer igualmente na lista dos 'heróis', assim como o capitão Coates, o extremo Trincão, que renasceu na segunda metade da época, e o surpreendente e inesperado Geny Catamo.

Contudo, a história do 20.º título nacional terá para sempre como personagem principal Gyökeres, avançado de 25 anos que chegou a Alvalade com uma transferência milionária, vindo do Coventry, do segundo escalão inglês, situação que levantou logo suspeitas entre os adeptos 'leoninos', já que o percurso natural seria obviamente a ascensão à Premier League e não a viagem a um campeonato como o português.

Números impressionantes do sueco


Mas, logo cedo na época, a aposta dos dirigentes do Sporting foi denominada como uma 'jogada de génio' e o avançado nascido Estocolmo chegou a números que já não se viam em Alvalade desde o início do século. Com 41 golos e 14 assistências (27 e nove na I Liga), Gyökeres tornou-se no primeiro jogador do Sporting a ultrapassar a fasquia dos 40 golos em todas as provas desde 2001/02, e desde Mário Jardel, numa época em que os 'leões' também chegaram ao título.

A presença do sueco tirou pressão a Paulinho, jogador que tem uma relação quase de 'amor ódio' com os adeptos, e o internacional português assinou também a sua melhor época no clube, somando para já 19 golos, quando ainda faltam três jogos (dois para a I Liga e a final da Taça de Portugal).

Hjulmand e o equilíbrio da equipa


Embora não tendo a marca de golos e assistências do colega escandinavo, Hjulmand, que andava algo perdido em Itália no Lecce, teve um peso muito grande em todo o equilíbrio da equipa de Amorim, ainda mais com a 'herança' deixada pelo uruguaio Ugarte, que rumou ao Paris Saint-Germain. O médio de 24 anos cedo assumiu as 'rédeas' da equipa e passou a ter um papel fulcral tanto na construção de jogo, bem como na fase defensiva.

Surpresas como Quaresma, Catamo e Israel


Na defesa, mesmo como alguma limitações físicas, Coates acabou por ser sempre determinante nos jogos 'grandes', sobretudo frente a principais rivais, como Benfica, FC Porto e Sporting de Braga, num setor que teve como surpresa a ascensão de Eduardo Quaresma, que após vários empréstimos e quando parecia não ter hipóteses de marcar a sua posição na primeira época, acabou por ser um dos trunfos de Amorim.

Daniel Bragança, que pareceu finalmente mostrar o seu verdadeiro valor após um longo calvário com lesões, e Trincão, renascido em 2024, são outros nomes que entram na lista dos jogadores que ganharam nova vida, mas o 'rótulo' de grande surpresa foi para Geny Catamo. O extremo moçambicano, que também passou por vários empréstimos, sem sucesso, aproveitou os problemas físicos do espanhol Fresneda e as limitações claras de Esgaio para ganhar lugar na ala direita. A época de sonho de Catamo teve a confirmação no último dérbi com o Benfica (2-1), com o moçambicano a marcar os dois golos do Sporting, que abriram a reta final para o título dos 'leões'.

Destaque ainda para o guarda-redes uruguaio Franco Israel, chamado no final da temporada para a titularidade devido à lesão do espanhol Adan, habitual titular. Israel, que foi hoje operado a uma lesão meniscal do joelho direito, assumiu com sucesso o estatuto de 'dono' da baliza 'leonina' e ganhou vantagem importante para a titularidade em 2024/25.