Rio Ave impede vitória do Arouca nos Arcos

  1. Rio Ave segue invicto há 8 jogos
  2. Arouca sobe ao 6.º lugar provisório
  3. Mújica marca o golo decisivo

Foi com fome de golo que os lobos de Arouca entraram para o duelo de ontem à noite, nos Arcos, demonstrando elevada capacidade de pressão, assertividade ofensiva e boa ligação entre os setores. Foi, por isso, sem espanto, que a turma de Daniel Sousa foi acumulando situações de perigo na primeira meia hora, e não fosse o (incomum) desacerto dos homens da frente, o golo inaugural teria pertencido à equipa visitante.

Mas Joca tinha uma palavra a dizer ainda antes do intervalo: com uma tranquilidade notável, na cara de Arruabarrena, bateu o guardião uruguaio com uma ‘chapelada’ de elevada nota artística. Execução sublime do extremo português do Rio Ave.

Com o golo veio um novo alento para a formação de Vila do Conde, que causou vários calafrios à defensiva do conjunto da serra da Freita.

O segundo tempo trouxe uns lobos revigorados, ainda mais pressionantes ao início, e esse domínio cedo se traduziu em golo. Ainda nem dois minutos haviam passado desde o regresso ao campo quando o inevitável Rafa Mújica bateu Jhonatan, com um remate de belo efeito com o pé esquerdo. O guarda-redes rio-avista não fica isento de culpas, mas o disparo do espanhol levava selo de golo.

Com a igualdade restabelecida, foi, por contraditório que pareça, a equipa de Luís Freire a crescer no jogo. Num espaço de seis minutos, os adeptos do Rio Ave viram três (!) tentos anulados à sua equipa, todos por posição irregular. Costinha foi o mais azarado, com dois golos anulados, mas nem isso impediu a avalanche ofensiva vila-condense.

A 13 minutos do fim, o recém-entrado Boateng ficou perto de ser herói, mas o tiro violentíssimo que disparou embateu com estrondo no poste arouquense.

A equipa de Daniel Sousa também somou algumas oportunidades, sobretudo pelos pés de Mújica, mas ninguém foi capaz de desfazer o empate.

Na baliza vila-condense, Jhonatan foi travando as investidas madrugadoras dos arouquenses, mas a exibição do guardião brasileiro acabou por ficar manchada pela má abordagem ao remate certeiro de Mújica.

Quem protagonizou uma exibição a todo os níveis sólida foi Miguel Nóbrega, cujas aventuras por terrenos mais adiantados estiveram perto de dar frutos à equipa de Luís Freire. Os companheiros Aderllan Santos e Patrick William primaram pela segurança defensiva, e mantiveram-se atentos ao longo dos 90 minutos às combinações temíveis da frente de ataque espanhola do adversário.

João Teixeira pautou os tempos de jogo, e com a qualidade técnica acima da média que apresenta causou muitas dificuldades à linha mais recuada do Arouca, com passes de rutura venenosos.

Na dianteira, o destaque a Joca é inevitável, não só pelo belo golo que fez como pelas jogadas de perigo que criou. Boateng entrou muito bem e quase vestiu a capa de herói.

O Rio Ave queria conquistar os três pontos para ficar à porta de garantir, matematicamente, a manutenção. O Arouca também queria entrar na festa, pela ascensão ao 6.º lugar, e deu-lhes Mujica. O empate na abertura da 30.ª jornada acaba por agradar aos dois emblemas, que amealharam mais um ponto rumo ao objetivo final.

Os lobos de Arouca mandaram por completo no primeiro tempo, mas foram os vilacondenses a chegar ao golo por Joca. Na segunda metade, foram os arouquenses a marcar, mas as jogadas de maior perigo foram dos locais, que tiveram três (!) golos.

O Rio Ave somou a 16.ª igualdade no campeonato e já não perdem há oito jogos – empataram sete deles. Já o Arouca chegou aos 44 pontos e subiu, provisoriamente, ao 6.º posto isolado – espera pelo que vai fazer o Moreirense.

Os dois técnicos pouco alteraram em relação aos últimos onzes que utilizaram. Luís Freire, depois do empate com o Estrela da Amadora, deixou o central Devenish no banco e fez regressar Miguel Nóbrega. Já Daniel Sousa, após vencer me casa o Boavista, também só fez uma alteração na defesa, trocando o lesionado Tiago Esgaio por Milovanov.

A primeira metade pertenceu quase por completo à equipa forasteira. A dupla do meio-campo, David Simão e Pedro Santos, pautavam todo o jogo do Arouca, recuperando, também, o esférico com facilidade. Aliás, a forte reação à perda de bola fazia com que a formação arouquense estivesse quase sempre em posse.

Jason foi o primeiro a tentar chegar a golo, com o remate frontal, mas Jhonatan opôs-se com qualidade. O Rio Ave não conseguia esticar o jogo e limitava-se apenas a defender. Quem estava com fome de golo era Rafa Mujica, que tentou várias vezes sem sucesso. Num passe a rasgar de Jason, o goleador espanhol apareceu isolado a rematar ao lado. Pouco depois, numa jogada pela direita de Pedro Santos, Mujica apareceu ao primeiro poste a desviar para a malha lateral.

Completamente contra a corrente de jogo, os vilacondenses iriam chegar a golo. Passe milimétrico de João Teixeira a rasgar a defesa arouquense e a isolar Joca que, à saída de Arruabarrena, fez um chapéu. Estava inaugurado o marcador para o lado que menos tinha feito para o conseguir.

Golos e mais golos… anulados

Costuma-se dizer que a justiça no futebol é feita com golos e Mujica tratou disso, dois minutos após o reatamento. Numa jogada de insistência, Sylla isolou o avançado espanhol que, na cara do golo, não perdoou e chegou aos 20 golos na Liga. O esférico passou, caprichosamente, pelo meio das pernas de Jhonatan. Estava feito o empate.

Esperava-se que o Arouca continuasse em busca do segundo, mas acabou por ser o Rio Ave a aparecer mais perigoso. Os vilacondenses começaram a pressionar mais alto e a recuperar o esférico mais perto da baliza dos lobos.

Num desses lances, Aziz apareceu isolado, marcou, contudo, foi apanhado nas malhas do fora de jogo. Poucos minutos depois, após canto e primeira cabeçada de Aderlan Santos, Costinha voltou a fazer balançar as redes, porém, uma vez mais, estava em offside. Como não há duas sem três, após livre da esquerda e Costinha no coração da área a finalizar… em fora de jogo.

Os técnicos começaram a refrescar as equipas com o objetivo de manter a acutilância ofensiva. Neste campo, Luís Freire saiu-se melhor. Numa jogada individual, Boateng, acabado de entrar, foi deixando adversários para trás e, na frente da área, disparou uma bomba que esbarrou com estrondo no poste. Na reta final o jogo ficou partido e podia ter surgido o golo para qualquer um dos lados, mas a divisão de pontos acabou mesmo por acontecer.

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  1. Ruben Amorim revolucionou o futebol do Sporting em pouco mais de quatro anos e meio no comando técnico do clube
  2. O treinador construiu o plantel mais valioso do futebol português, avaliado em 443,5 milhões de euros
  3. Durante o seu reinado, Amorim conquistou cinco troféus (dois campeonatos, duas Taças da Liga e uma Supertaça)
  4. Amorim encheu os cofres da SAD através dos muitos milhões de euros arrecadados por três apuramentos para a Liga dos Campeões e algumas das maiores transações da história do emblema leonino

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