Paulo Sérgio, que deixou o Portimonense no final da última época, regressou ao Médio Oriente. Em entrevista à agência Lusa, o técnico revelou ter tido oportunidades para continuar a trabalhar na I Liga portuguesa.
O treinador de 57 anos, atualmente no Al Akhdoud, da Arábia Saudita, demonstra vontade de continuar a trabalhar e realça a importância da adaptação, confessando estar a aprender árabe para comunicar diretamente.
Oportunidades em Portugal e Reconhecimento
Paulo Sérgio revelou ter recusado convites para treinar na I Liga: “Não sinto falta de reconhecimento. Acho que as pessoas do futebol conhecem e sabem do que sou capaz. Inclusivamente, tive convites em Portugal para trabalhar na I Liga, para começar o campeonato. Não se trata de falta de reconhecimento. Há também muitos treinadores jovens a aparecer, com qualidade. E nós temos que esperar e dar oportunidade aos outros de poderem trabalhar”, afirmou.
O técnico reconheceu a competitividade do mercado nacional, afirmando: “Nunca atropelei ninguém, mas tive oportunidades durante a primeira parte da época de trabalhar na I Liga e também na II. O que desenvolvemos ao longo de cinco anos em Portimão acho que foi reconhecido por toda a gente”. Paulo Sérgio enalteceu ainda o Portimonense: “É um clube que faz falta na I Liga”.
Adaptação e o Prestígio dos Treinadores Portugueses
Com um percurso diversificado, Paulo Sérgio realçou a sua capacidade de adaptação: “Tenho uma capacidade de adaptação aos diferentes contextos. Tenho facilidade em falar línguas, em aprender. Neste momento, estou a aprender árabe para me desenvolver e também para comunicar diretamente sem necessidade de tradutor”, confessou.
O treinador português destacou ainda o prestígio dos técnicos portugueses: “O treinador português é requisitado em todo o lado do mundo. Devido à sua competência e aos trabalhos que apresenta, devido à sua capacidade de adaptação e ao que consegue desempenhar e fazer no terreno”, afirmou à Lusa.
Paulo Sérgio sublinhou que o segredo para a longevidade está na consistência diária, admitindo que o trajeto de um treinador “depende sempre de uma bola que bate no poste e entra, ou não entra”, pelo que “não adianta fazer perspetivas a médio e longo prazo”.