Portimonense quer igualdade e justiça no futebol português

  1. O Portimonense foi despromovido da Liga após perder o playoff de manutenção
  2. Constantin Panagopoulos, presidente do Portimonense, criticou duramente os clubes que se mantiveram na Liga
  3. Panagopoulos defendeu que o futebol português precisa de mais transparência, justiça e seriedade
  4. O presidente do Portimonense elogiou o seu clube como um modelo de cumprimento de obrigações

Depois da despromoção do Portimonense da Liga Portugal Betclic, o seu presidente, Constantin Panagopoulos, não desistiu da sua participação na próxima edição da principal divisão do futebol nacional. Numa entrevista contundente, o dirigente criticou duramente os clubes que se mantiveram na Liga, acusando-os de incumprirem as mesmas obrigações financeiras que o seu clube cumpre.

Panagopoulos defendeu que o futebol português precisa de mais transparência, justiça e seriedade, apontando o dedo a clubes que alegadamente utilizam manobras ilegais para efetuar os seus pagamentos.

«Não queremos favoritismos, só queremos igualdade, transparência e justiça»

O presidente do Portimonense criticou a postura da Federação Portuguesa de Futebol e da Liga Portugal, afirmando que «não podem prejudicar os que cumprem e fechar os olhos aos que não pagam». Panagopoulos argumentou que a maioria dos clubes não são sustentáveis e precisam de acionistas maioritários estrangeiros para as suas SAD, mas questionou como isso pode ser feito com injustiça e desigualdade na liga.

O dirigente elogiou o Portimonense como um clube modelo, afirmando que «nunca deixámos de efetuar os pagamentos», mesmo durante a pandemia, ao contrário de outros clubes onde «jogadores e funcionários vivem com dúvidas sobre o recebimento atempado dos salários».

Apelo à justiça e seriedade no futebol português

Panagopoulos argumentou que a indústria do futebol em Portugal precisa de mais justiça, seriedade e boa imagem. Criticou os clubes que tentam usar manobras ilegais para fazer pagamentos e pediu às autoridades que deixem de favorecer os clubes que não cumprem as suas obrigações.

«Não queremos favoratismo, só queremos igualdade, transparência e justiça para o bem do futebol português, da indústria do futebol e da economia portuguesa», concluiu o presidente do Portimonense.