A recente partida entre o Estrela da Amadora e o Moreirense terminou com um empate sem golos, mas as declarações dos treinadores revelam muito sobre o que se passou em campo e o que pode vir a seguir.

João Nuno, treinador do Estrela da Amadora, comentou sobre o desempenho da sua equipa com muita sinceridade.

Declarações de João Nuno

“Acho que foi um jogo, como disse bem, muito repartido. A equipa do Moreirense também sabíamos que era uma equipa com qualidade, mas acho que a equipa do Estrela teve sempre uma postura muito correta durante o jogo, muito competitiva,” afirmou Nuno.

O treinador destacou a presença dos seus jogadores e a necessidade de ter ajustado a estratégia devido a problemas físicos. “Tivemos que colocar o Otávio e depois acabámos por pôr o Chernev e passar para o lateral direito. Isso nos dá maior capacidade na bola parada, mas não foi todo estratégico, foi sim por necessidade, dentro do plantel.”

Orgulho e Atitude Competitiva

Apesar da frustração pelo resultado, Nuno expressou orgulho na atitude competitiva da sua equipa, “não foi de todo o resultado que queríamos, mas estou satisfeito com a atitude competitiva da equipa e com o seu crescimento. Foi a primeira vez que não sofremos golos, e isso também é importante para nós.”

Em relação a Sidny Cabral, que estava em dúvida para o jogo, João Nuno assegurou que o jogador estava bem. “O Sidny não teve nenhum problema, são câmaras normais de jogo, de fadiga. O Sidny está bem, assim como o Encada, não foi nada grave, estão bem os dois, só começaram a sentir os gémeos, a parte de trás, e há um risco de lesão que nós, ali naquele momento, sentimos que ambos estavam claramente a quebrar.”

Sidny e a Próxima Partida

Ele acredita que Sidny faz parte fundamental da equipa e considera colocá-lo em campo na próxima partida. “O Sidny faz parte da equipa. Até estar aqui connosco, é elemento do Estrela e eu estou a pensar em colocá-lo a jogar em Famalicão.”

Impressões de Vasco Botelho da Costa

Por outro lado, Vasco Botelho da Costa, treinador do Moreirense, também partilhou as suas impressões. Ele enfatizou a intencionalidade com que a sua equipa jogou, mas reconheceu as falhas. “Houve momentos em que conseguimos circular, jogar, chegar ao lado contrário e ter aproximações perigosas. Depois houve bolas que perdemos de uma forma muito estúpida, digamos assim,” explicou Botelho da Costa.

O treinador revelou a preocupação com a regularidade da equipa: “Independentemente dos jogos sem ganhar ou não, nós estamos a precisar desta pausa. Foram semanas intensas, semanas em que criámos aqui alguma expectativa que, em determinado momento, pode não ter sido correspondida em relação ao nosso próprio rendimento.”

A Variação na Qualidade do Jogo

Botelho da Costa notou que a qualidade do jogo variou consideravelmente. “Para ser honesto, lá está, eu não gosto muito de me focar naquilo que é o resultado. O Estrela também é uma equipa que não estava a elaborar muito as suas jogadas; assim que tinha oportunidade cruzava a bola para a nossa área, assim que tinha oportunidade rematava.”

Além disso, Botelho da Costa sentiu a lentidão em certas fases do jogo: “Acho que o jogo merecia golos. Eu preferia ganhar, mesmo sofrendo golos. Não me importava nada. Desde que os três pontos viessem para este lado, eu gostava de não sofrer golos e ganhar. Não estamos de todo satisfeitos, mas, com a consistência da equipa nesse momento, com a importância de estarmos ligados e bem defensivamente, que é algo que temos vindo a pedir bastante, eu acabo por estar satisfeito com a atitude da equipa, mas não com o resultado.”

Expectativas para o Futuro

No final, a análise de ambos os treinadores revela a complexidade da competição e os desafios enfrentados pelas suas equipas. Com próximas partidas à vista, tanto o Estrela da Amadora quanto o Moreirense buscam melhorar para conseguir obter os resultados desejados.

O foco agora recai sobre a adaptação, um bom desempenho, e a expectativa de futuras vitórias nas próximas jornadas.