Confronto Aceso no Final da Época
As decisões adiadas para o último suspiro foram o tónico necessário para colocar as emoções ao rubro. Após o apito final, o extravasar das emoções resultou em provocações desnecessárias. O treinador português dirigiu-se à bancada visitante e, entre festejos tresloucados e ardentes bate-bocas, foi criado um dos momentos mais icónicos do passado recente em jogos entre Moreirense e FC Vizela.
Temporada de Altos e Baixos
Nessa tarde, terminou a época para o FC Vizela, feliz recém-subido que carimbou a manutenção na 14ª posição. O Moreirense acrescentou dois jogos à agenda, mas não evitou a descida. Com vários altos e baixos desde então, em apenas dois anos, a vida dos dois clubes do norte do país tem sido uma autêntica montanha-russa, que pode ganhar outro capítulo esta sexta-feira.
Moreirense: Revitalização na Segunda Liga
No geral, ainda que em situações bem distintas, foi uma temporada positiva para os dois emblemas. Na Segunda Liga, o Moreirense revitalizou-se. Paulo Alves foi o escolhido para liderar a equipa e revolucionou o plantel: deu espaço a Frimpong e a Gonçalo Franco, reforçou a linha defensiva com nomes experientes, acrescentou Alanzinho e Ofori - habitualmente titulares ainda hoje, na Primeira Liga - ao meio-campo e mudou, quase por completo, a frente de ataque: só André Luís e Walterson sobraram. Desta forma, a estadia no segundo escalão foi curta. Moreira de Cónegos foi uma fortaleza - dois empates em dezassete jogos caseiros; de resto, só vitórias - e as escassas três derrotas durante todo o campeonato foram a receita para regressar com rapidez à Primeira.
Vizela: História Escrita, mas Incertezas
Do outro lado, em Vizela escreveu-se história. Contudo, apesar do honroso e memorável 11º lugar, encerrou-se um capítulo. Álvaro Pacheco passou mais de três temporadas ao serviço dos vizelenses e registou duas subidas de divisão consecutivas - do Campeonato de Portugal à Segunda Liga e da Segunda à Primeira. Face a «divergências de opiniões», saiu em 22/23. Uma ferida ainda por sarar no clube. Manuel Tulipa foi promovido dos sub-23 à equipa principal e levou o barco a bom porto, mas a mudança indiciou o que aconteceria, mais tarde, em 23/24: trocas e mais trocas, mas sem a estabilidade - e o sucesso - de outrora.