Luís Pinto, treinador do Vitória de Guimarães, fez uma análise detalhada sobre a recente vitória da sua equipa por 1-0 contra o Rio Ave na 14.ª jornada da I Liga. No rescaldo do encontro, o técnico expressou a sua satisfação com a exibição dos jogadores e com o resultado, mas não deixou de abordar as dificuldades enfrentadas na segunda parte do jogo.
Análise da Partida
Sobre a dinâmica do jogo, Luís Pinto afirmou: “Foi uma segunda parte difícil, não concordo que nos tenhamos colocado a jeito. O Rio Ave ficou com uma linha de cinco e três jogadores à frente, mantendo os homens mais perigosos em campo. É sempre difícil ultrapassar uma linha defensiva com tanta gente, nas vezes que conseguimos fazer isso não finalizámos da melhor forma. Nos últimos instantes o Rio Ave pressionou alto, aproveitou a nossa maior incapacidade física. Se tivéssemos feito um golo seria melhor, jogámos o que o jogo pediu e sinto que fomos competentes.”
Impacto do Cansaço Físico
O treinador destacou o impacto do cansaço físico dos jogadores, referindo que: “Deve-se a um número de jogos elevadíssimos nos últimos tempos, é assim que queremos. Tanto este adversário como o último tinham feito um jogo num mês. A diferença está aí, mas queremos estes problemas, é sinal que estamos nas competições.” Pinto reconheceu a pressão imposta pelos diversos jogos consecutivos.
Gestão da Vantagem
Acerca da gestão da vantagem, mesmo jogando contra uma equipa reduzida a dez jogadores, o treinador mostrou-se satisfeito. “Diria que chegar à vantagem foi natural, estávamos bem no jogo, com mais capacidade para atacar e ter bola. Para segurar a vantagem respeitamos o Rio Ave, nos últimos dez minutos tivemos de defender um pouco mais baixo e alguns jogadores, como disse, ficaram mais cansados, como o Nogueira, que vem de lesão e teve de jogar o jogo todo fruto das alterações que foram sendo feitas.”
Evolução dos Jovens Talentos
Luís Pinto também destacou a evolução de jovens jogadores, nomeadamente Saviolo e Camara. “A evolução é natural. É um jogador jovem, mostra qualidades que no futebol moderno são muito importantes e difíceis. É rápido e forte no um para um. A evolução dele é o processo natural que tem de existir. É um trabalho conjunto de todos, de acreditar e apostar nele. Estávamos todos a perspetivar isto no início da época. Ficamos satisfeitos por estar com consistência a fazer bons jogos, o que queremos é que se mantenha.”
Sobre Camara, Pinto afirmou: “Vejo a evolução como o Noah e como todos os outros meninos da equipa. É necessário acreditar neles, eles sentirem que acreditamos neles e não é por necessidade. Os nossos jogadores têm tido capacidade de trabalhar diariamente e perceber a realidade em que estão inseridos, já percebe português e diz algumas palavras. O mérito é inteiramente deles e de quem acreditou em ir para a frente neste projeto com estes jogadores. O nosso trabalho, da equipa técnica, é tirar o maior rendimento deles.”
Com uma trajetória promissora e um elenco de jovens talentos, o Vitória de Guimarães continua a sua caminhada na I Liga, mantendo-se firme na busca por melhores resultados e pela evolução constante dos seus jogadores. Esta mentalidade projetada por Luís Pinto promete manter a equipa competitiva ao longo da temporada.