Pepa e Valentim Loureiro revelam desafios e emoções no futebol português

  1. Pepa treinou Vitória de Guimarães
  2. Vitória voltou à Europa
  3. Boavista com dívidas de 150 milhões
  4. Gestão séria no tempo de Loureiro

Duas figuras icónicas do futebol português, Pepa e Valentim Loureiro, partilharam episódios marcantes das suas carreiras e dos clubes que representam, revelando os desafios e emoções que acompanham a gestão e a liderança no futebol nacional.

Entre recordações, alegrias e dificuldades, as suas declarações oferecem uma visão profunda da realidade do futebol em Portugal, onde os altos e baixos nem sempre são visíveis para o público.

O início promissor de Pepa no Vitória de Guimarães

Pepa recorda com emoção a sua chegada ao Vitória de Guimarães, depois de uma época excecional em Paços de Ferreira, na temporada 2020/21. “Após uma época perfeita em Paços de Ferreira, em 2020/21, que excedeu todas as expectativas, o interesse de outros clubes – uns de forma mais direta, outros menos – começou a surgir: Benfica, Porto, Boavista ou Valência entraram no radar. Mas o 'namoro' com o Vitória já era antigo e voltaram à carga com tudo. Toda a gente sabia que era um clube que eu queria representar, mas só agora as condições estavam reunidas. Era um treinador livre. O Vitória queria-me muito. Eu queria muito o Vitória”, confidenciou o treinador.

Para Pepa, o Vitória é um clube com uma identidade única: “Considero o Vitória um universo à parte e com uma mística própria”. Destacou também a forte aposta do clube nos jovens talentos, mostrando-se empenhado no desenvolvimento dos seus jogadores.

Desafios e desilusões no segundo ano de Pepa

Apesar dos bons resultados alcançados na primeira época, o segundo ano não correu como esperado para Pepa no clube vianense. “Houve um ruído. Apenas um, mas houve: eleições no clube. E quem vive futebol sabe o que isso mexe. Mesmo blindando o grupo, há sempre algo que entra. Apesar disso, a nova Direção apoiou-nos até final da época. E conseguimos aquilo a que nos propusemos: voltar a colocar o Vitória na Europa, duas épocas depois. Foi uma conquista coletiva, com sabor especial. Sentia que estávamos prontos para dar o salto seguinte. Sempre disse e comprovei: as minhas equipas crescem no segundo ano. E acreditava mesmo nisso. Mas o futebol é o jogo mais imprevisível do mundo. Durante a pré-época, surgiram desencontros com a estrutura. Diferenças de visão. E, de forma abrupta, chegou o fim da linha. Não da forma que imaginava. Nem na altura que desejava. Mas foi assim. Foi duro.”

Valentim Loureiro lamenta a crise no Boavista

Por sua vez, Valentim Loureiro manifestou uma profunda tristeza ao abordar a crise financeira que afeta o Boavista. “No meu tempo tudo era diferente. Havia uma gestão séria, honesta e rigorosa. Quando saí deixei o clube sem passivo e a não dever nada a ninguém. Agora fala-se em mais de 150 milhões de euros de dívidas... São números astronómicos. Eu pergunto: como é possível?”, questionou o ex-presidente.

Recordando uma época de estabilidade, Loureiro destacou a solidez das contas e o controlo financeiro: “Fiz grandes transferências e as contas estavam certas. Agora é só problemas. O Boavista teve dirigentes, em vários casos, com grandes ordenados. Eu não ganhava nada”, evidenciando o contraste entre o passado e o presente.

Perspetivas e planos para o futuro do Boavista

Apesar da situação difícil, a direção atual do Boavista mantém um plano de recuperação com o objetivo de garantir a sustentabilidade do clube. Um dos projetos é a inscrição de uma equipa sénior independente da SAD na época 2025/26.

Contudo, para Valentim Loureiro, o sentimento predominante é de desânimo: “Tristíssimo.” Com estas palavras, o antigo dirigente sintetiza a complexidade dos tempos que o clube enfrenta, numa altura em que a ambição e a crise coexistem.

Arouca garante Barbero até 2027

  1. Barbero, 26 anos, proveniente do Corunha
  2. Contrato válido até 2027
  3. 17 golos e 6 assistências pelo Corunha
  4. Primeira experiência no estrangeiro