Duas lendas do Vitória Sport Clube, Peres e N'Dinga, demonstram confiança na capacidade da equipa em eliminar o Real Betis e avançar nos oitavos de final da Taça UEFA.
O Vitória empatou 2-2 na primeira mão, em Sevilha, e agora recebe os espanhóis com a expectativa de conquistar a vitória e seguir em frente na competição europeia.
Peres acredita num «Vitória numa grande noite»
O capitão na estreia europeia do Vitória, em 1969, Peres valoriza a exibição da equipa na primeira mão. Contudo, o antigo médio avisa que «só um Vitória numa grande noite» pode vencer a formação espanhola e passar à próxima fase.
Não podemos subestimar o adversário. Precisamos de ganhar para passar à eliminatória seguinte. Temos pela frente uma equipa extraordinariamente forte. Só um Vitória numa grande noite consegue um resultado melhor do que lá. Não dou por adquirida a nossa passagem à fase seguinte, embora acredite que seja possível, declarou Peres, à Lusa.
N'Dinga confiante na «força dos adeptos»
Por seu lado, N'Dinga, recordista de jogos pelo Vitória, com 335 partidas entre 1986/87 e 1995/96, também crê que a equipa treinada por Luís Freire pode replicar o feito de há 38 anos.
Pelo que estou a ver, a mentalidade é forte. Julgo que o Vitória tem força para passar a eliminatória. O mais importante é os jogadores acreditarem. O Vitória tem de ter confiança. Tem aquilo que é preciso para ganhar: a força dos adeptos, afirmou o antigo médio, natural da República Democrática do Congo.
Apoio dos adeptos recordado
Ambos os jogadores enaltecem a exibição e o apoio da massa adepta vimaranense em Sevilha, que recordaram a N'Dinga do seu jogo europeu «mais marcante», a visita ao Atlético de Madrid, em 1986, quando a derrota por 1-0 não impediu o triunfo luso na eliminatória (2-1).
Peres, por sua vez, acredita que cada jogador vitoriano estará pronto para «dar o máximo» no encontro decisivo com os 'verdiblancos', rejeitando um eventual «excesso de confiança» após o empate na primeira mão.
Não acredito que nenhum elemento do Vitória pense que, com o empate lá, estamos qualificados, concluiu o ex-futebolista, que rumou a Lisboa para jogar no Benfica e no Atlético, antes de se fixar em Guimarães a partir de 1962.
