Confronto aceso entre candidatos à presidência do Vitória de Guimarães

  1. Debate entre os dois candidatos à presidência do Vitória de Guimarães, 1 de março de 2023
  2. Luís Cirilo acusou António Miguel Cardoso de ter aumentado o passivo da SAD de 40 para 71 milhões de euros nos últimos três anos
  3. António Miguel Cardoso afirmou que as receitas do clube foram de 88 milhões de euros no mesmo período, contra 107 milhões na gestão anterior
  4. Luís Cirilo considerou «estranha» a relação entre a SAD do Vitória e o grupo MSD, dono do Casa Pia

As eleições para a presidência do Vitória de Guimarães acontecem este sábado, 1 de março, e os dois candidatos – António Miguel Cardoso e Luís Cirilo Carvalho – tiveram a oportunidade de debater os seus planos e propostas num único debate realizado nos estúdios da rádio Santiago.

Ao longo de quase duas horas, a discussão foi marcada por um constante confronto de acusações entre os dois candidatos, com pouco tempo dedicado a apresentarem, de forma detalhada, as suas ideias e projetos para o clube.

Contas da SAD do Vitória no centro do debate

O tema das contas da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do Vitória foi um dos mais debatidos, com Luís Cirilo a criticar duramente a gestão de António Miguel Cardoso. O candidato da lista A acusou o atual presidente de ter aumentado o passivo da SAD de 40 para 71 milhões de euros nos últimos três anos, colocando-a «em falência técnica».

Em resposta, António Miguel Cardoso salientou que, no mesmo período, o clube teve receitas de 88 milhões de euros, quando na anterior gestão, liderada por Miguel Pinto Lisboa, as receitas tinham sido de 107 milhões. «Aumentámos o passivo em 15 milhões, o Miguel Pinto Lisboa em 30 milhões. Temos de ser sérios», afirmou o atual presidente.

Financiamento da SAD gera desconfiança

Outro ponto de discórdia foi o financiamento garantido pela SAD junto do grupo MSD, que está na estrutura acionista do Casa Pia. Luís Cirilo considerou «estranha» esta situação, afirmando que «há um risco de o Vitória se poder endividar com a MSD e esse endividamento ser insustentável, ao ponto dos credores tomarem conta da SAD». António Miguel Cardoso rejeitou veementemente estas acusações, considerando-as «surreais».

Gestão desportiva também em análise

No que diz respeito à atividade desportiva, Luís Cirilo criticou a gestão de António Miguel Cardoso, afirmando que este «vendeu mal jogadores como o Kaio César» e que «não devia ter deixado sair sete jogadores em janeiro, afetando profundamente a estrutura da equipa». Em resposta, o atual presidente defendeu que as vendas foram necessárias, dada a situação financeira do clube, e que os valores obtidos, como os 9 milhões de euros pela transferência de Kaio César, não são líquidos.

Num ambiente de grande tensão, os dois candidatos trocaram ainda acusações sobre a gestão de Miguel Pinto Lisboa, com Luís Cirilo a tentar distanciar-se dessa época, e sobre a remuneração de Cirilo durante a sua passagem pela Comissão do Centenário do Vitória.

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