Vitória de Guimarães termina época 2023/24 com prejuízo recorde de 15,85 ME

  1. Prejuízo recorde de 15,85 milhões de euros
  2. Quebra de 46% nos rendimentos totais
  3. Aumento de 9,2% nos gastos totais
  4. «A equipa iria ressentir-se dessas saídas, ficando aquém dos desempenhos pretendidos» - António Miguel Cardoso, presidente do Vitória de Guimarães

Clube regressa aos resultados negativos após lucro na época anterior


O Vitória de Guimarães encerrou a temporada 2023/24 com um prejuízo recorde de 15,85 milhões de euros (ME) nas atividades do clube e da Sociedade Anónima Desportiva (SAD), detentora da equipa da I Liga de futebol, mostra o relatório e contas da instituição publicado no seu sítio oficial.

As contas do emblema minhoto regressam assim ao 'vermelho', depois do resultado negativo de 14 ME na época 2021/22 e do lucro de 6,4 ME em 2022/23, de acordo com o documento que será votado em Assembleia Geral em 18 de outubro.

Prejuízo da SAD ascende a 14,72 ME


A cargo do futebol profissional e da maioria do futebol de formação, a SAD fechou a temporada anterior com um prejuízo de 14,72 ME, em contraste com o lucro de 1,74 ME em 2022/23. Por sua vez, o clube, responsável por outras 13 modalidades desportivas, concluiu a época com um prejuízo de 1,13 ME, após um lucro de 4,63 ME na temporada anterior.

Quebra acentuada nos rendimentos e aumento dos gastos


De acordo com o documento, o prejuízo total resulta da quebra de 46% nos rendimentos totais, dos 45,47 ME para os 24,49 ME, e do aumento de 9,2% nos gastos totais, de 28,15 ME para 30,76 ME, o que gerou um resultado operacional (EBITDA) negativo, de 6,34 ME.

Menor volume de transferências de jogadores


Depois de amealhar 23,22 ME em transferências de jogadores na época 2022/23, o Vitória viu essa soma cair para 8,36 ME na temporada anterior, face às vendas do defesa André Amaro, do médio Dani Silva e do avançado Alisson Safira, o empréstimo do extremo Nélson da Luz aos chineses do Qingdao West Coast e os 'bónus' associados a Tapsoba, Aziz, Lyle Foster e Noah Holm.

As vendas dos passes do internacional português Jota Silva, para os ingleses do Nottingham Forest, e de Ricardo Mangas, para os russos do Spartak de Moscovo, que perfazem uma "mais-valia contabilística mínima" de 5,5 ME, decorridas no mais recente mercado de verão, não estão incluídas no relatório e contas.

Presidente acredita que vendas adicionais prejudicariam desempenho da equipa


Na mensagem que assina no documento, o presidente do Vitória, António Miguel Cardoso, realça que a venda de mais jogadores até 30 de junho de 2024, data de encerramento da época anterior, poderia garantir um resultado positivo, mas crê que «a equipa iria ressentir-se dessas saídas, ficando aquém dos desempenhos pretendidos», nomeadamente na Liga Conferência, em que o clube está a disputar a fase principal pela primeira vez.