Pedro Proença compromete-se a continuar ao serviço do futebol português

  1. Pedro Proença garante que continuará ao serviço do futebol português
  2. Distribuição de direitos TV aumenta 80% para clubes fora da UEFA
  3. Centralização de direitos audiovisuais tem de estar concluída até 2028
  4. Mobilidade de sociedades anónimas desportivas preocupa presidente da LPFP

O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, garantiu hoje que vai manter-se ao serviço do futebol nacional, adiando qualquer resposta sobre uma possível candidatura à liderança da Federação Portuguesa de Futebol.

Após um encontro organizado pelo International Club of Portugal, Proença reiterou o seu compromisso com os clubes da Liga e com os cargos que ocupa atualmente, incluindo a presidência da European League e a posição de membro do Comité Executivo da UEFA.

Distribuição dos direitos televisivos


Sobre a nova distribuição do pagamento aos clubes que não participam nas provas da UEFA, Proença considerou que «o importante é perceber o que é que isto significa para o futebol profissional». Segundo o dirigente, a proposta inicial era «altamente prejudicial» para esses clubes, mas as negociações entre a European Leagues, a ECA [Associação Europeia de Clubes] e a UEFA permitiram encontrar «um modelo no qual podemos fazer o 'split' dessas verbas por todos os clubes que estão no futebol profissional».


Proença afirmou que «isto é que é uma grande vitória para o futebol português quando, aqui há um ano, aquilo que estava em cima da mesa era poder depositar essas verbas só num pequenino nicho de clubes».

Centralização dos direitos audiovisuais


Sobre a centralização de direitos audiovisuais, que tem de estar completa até 2028, Proença garantiu que «há uma legislação que tem que ser cumprida e essa vai ser cumprida». O presidente da LPFP assegurou que «a Liga está a fazer o seu trabalho, os clubes estão a fazer o seu trabalho e, portanto, como nós somos cumpridores da lei, é isso que vai acontecer naturalmente».

Mobilidade das sociedades anónimas desportivas


Proença disse que está atento à «mobilidade de algumas sociedades anónimas desportivas, como da B SAD, que agora se juntou ao Portalegrense». Segundo o dirigente, «isso vem quebrar com o espírito da solidariedade e do associativismo que tem que imperar».


«Um clube que é de Lisboa é de Lisboa e, portanto, não pode ser de Lisboa e de outra coisa qualquer. Mas tenho a certeza que essa reflexão vai ter que ser feita», afirmou Proença.

Futuro político


Sobre uma possível candidatura à liderança da Federação Portuguesa de Futebol, Proença afirmou que «obviamente que há um compromisso neste momento assumido com os clubes» e que «no momento certo, daremos a resposta que temos que dar relativamente a esse tema».