Análise do plantel do Vitória de Guimarães

  1. O Vitória tem um bom plantel que lhe permitirá fazer boa figura em 4 frentes
  2. O objetivo no campeonato é a Liga Europa ou, no mínimo, a Liga Conferência
  3. O Vitória será candidato nas Taças, embora não seja favorito ao triunfo
  4. O objetivo na Liga Conferência é o apuramento para os oitavos de final
  5. Faltam no plantel um lateral esquerdo, um ponta de lança e um extremo polivalente

Após o encerramento de todos os mercados europeus, chegou a altura de fazer uma avaliação cuidadosa do plantel do Vitória de Guimarães, face aos objetivos a atingir e às quatro frentes em que se encontra envolvido - campeonato, Taça de Portugal, Taça da Liga e Liga Conferência - onde a equipa minhota procurará, como sempre, dar o seu máximo.

Esta é uma análise estritamente futebolística sobre o plantel, as contratações e as transferências, uma vez que as questões relacionadas com os negócios subjacentes às saídas de Jota Silva e Ricardo Mangas já foram abordadas em textos anteriores.

Baliza


Na baliza, o Vitória está muito bem servido. Bruno Varela e Charles dão todas as garantias, e há vários jovens na equipa B que poderão fazer a sua estreia, sendo João Oliveira, vindo do União de Leiria, o mais próximo de integrar a primeira equipa.

Defesa


Na defesa, que tem tido um início de época muito positivo, o Vitória está bem equipado com centrais como Toni Borevkovic, Jorge Fernandes, Mikel Villanueva, Tomás Ribeiro e o reforço Óscar Rivas. Caso necessário, Manu Silva também poderá atuar neste sector.


Nas alas, a situação é ligeiramente diferente. Do lado direito, Bruno Gaspar dá todas as garantias, com Alberto Baio e Miguel Maga como alternativas. Já no lado esquerdo, apenas João Mendes, uma excelente contratação, irá assumir esse papel, uma vez que Ricardo Mangas deixou o clube.

Meio-campo


No meio-campo, o Vitória está francamente bem servido. Tomás Handel (que promete ser uma das grandes figuras desta temporada), Tiago Silva, Nuno Santos, Manu Silva, Zé Carlos e João Mendes são valores seguros que transitam da época passada, aos quais se juntaram Samu e o jovem Marco Cruz, dando a Rui Borges muitas e boas opções para este sector. O jovem Diogo Sousa também está à espreita de uma oportunidade.

Ataque


No que diz respeito ao ataque, as coisas não se apresentam tão tranquilas como nos outros sectores da equipa, havendo claramente falta de soluções. Os avançados são Nélson Oliveira, Jesús Ramirez e o jovem José Bica. Nélson tanto pode jogar como ponta de lança solitário ou segundo avançado, mas não é um puro goleador. Ramirez traz boas indicações e números do Nacional, mas terá de provar que está à altura daquilo que o Vitória precisa num número nove. Bica é um jogador para «fazer», que irá aparecendo na equipa, mas não será uma solução goleadora imediata.


Nos flancos, há também algumas lacunas, uma vez que as saídas de Jota Silva e Ricardo Mangas não foram suficientemente colmatadas. Telmo Arcanjo, após um ano parado devido a lesão grave, tem vindo a ser opção, e acredita-se que quando estiver no seu melhor ritmo de jogo será uma das boas confirmações desta época. Kaio César, de regresso por empréstimo, é um jovem com talento e margem de progressão, mas ainda não é um «produto» acabado. Gustavo Silva chega ao Vitória com bons números, mas parece mais um segundo avançado do que um extremo puro.

Conclusão


Em suma, o Vitória tem um bom plantel que lhe permitirá, até 31 de dezembro (depois logo se verá em função do mercado de janeiro...), fazer boa figura no campeonato, na Taça de Portugal, na Taça da Liga e na Liga Conferência. No entanto, «creio que nele, em termos ideais, cabiam mais um lateral esquerdo, um ponta de lança e um extremo polivalente», como afirma o autor.


As expectativas são boas, mas apenas o futuro dirá se tinham razão de ser. No campeonato, o objetivo é o apuramento para a Liga Europa ou, no mínimo, para a Liga Conferência. Nas Taças, o Vitória será candidato, embora não seja favorito ao triunfo. Na Liga Conferência, o objetivo é o apuramento para os oitavos de final e, a partir daí, «passo a passo, logo se verá».

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