Entrada decisiva do médio de 20 anos
Marco Cruz surpreendeu, no sábado, pela forma como decidiu o jogo de apresentação contra o Rayo Vallecano. O médio, de 20 anos, entrou aos 67 minutos para o lugar de Jota Silva e, na primeira vez em que tocou na bola, fez o 2-0, após assistência de Alberto.
«Confia muito no potencial que tem. Não sente a pressão. Está preparado para jogar com dez ou 100 mil adeptos», garante Ricardo Malafaia, que o orientou nos sub-17 do FC Porto, entre 2019 e 2021. «É apaixonado pelo jogo, um momento de felicidade para ele, que leva as coisas de uma forma natural», acrescenta.
Identificação rápida com o Vitória
O médio, que em 2023/24 jogou na equipa B do Sporting, assinou até 2028. Em pouco tempo «identificou-se com o Vitória», conta o ex-técnico, com quem ainda mantém contactos regulares.
O treinador de 42 anos não tem dúvidas de que, «pela mentalidade que tem», o jogador que assinou pelos vimaranenses até 2028 «está preparadíssimo para exigência do clube». «Chegou há cerca de um mês e está perfeitamente identificado com o Vitória», sustenta, considerando ainda que o médio, ex-Sporting B, tem condições para triunfar numa realidade muito mais exigente do que a Liga 3, escalão em que competiu na temporada passada. «O Marco preparou-se para este grande desafio e ao longo da época vai demonstrar que está pronto para este e para outros desafios ainda mais elevados», assegura.
Maturidade desde cedo
Dos tempos em que o treinou, Ricardo Malafaia recorda que, apesar de ainda muito novo, «demonstrou, desde o primeiro dia, muita maturidade a nível de trabalho e exigência». «Tinha na cabeça o que queria. Era um miúdo muito disciplinado e muito profissional. Procurava corresponder da melhor maneira a tudo o que pedíamos», conta. «Tecnicamente muito evoluído, jogava a médio ou a lateral-esquerdo e tinha uma capacidade acima da média, física e mentalmente», detalha.
Aspetos a melhorar
O antigo médio define Marco Cruz como «um jogador que tem uma relação muito forte com a bola, com boa meia distância e que aparece muito bem nas zonas de finalização». Elogia também «a capacidade muito boa de definir o último passe» e, entre o que necessita de limar, defende que «precisa de pensar um bocadinho mais rápido». «A tomada de decisão deve ser um bocadinho mais rápida. É importante melhorar nesse aspeto», aconselha. «Cada vez há menos tempo para decidir e necessita ajustar-se ao que o jogo está a pedir. É uma das coisas que tem de afinar. De resto, está a fazer um caminho muito correto», remata.