Saída de Álvaro Pacheco divide adeptos do Vitória de Guimarães

  1. A saída de Álvaro Pacheco do Vitória divide os adeptos do clube
  2. O técnico de 52 anos somou 18 vitórias em 32 jogos à frente da formação vimaranense
  3. Rui Cunha será o quinto treinador a orientar o Vitória esta temporada
  4. O presidente do Vitória terá responsabilidade pela imagem pública fragilizada do clube

O divórcio litigioso entre a Direção liderada por António Miguel Cardoso e Álvaro Pacheco continua a provocar muitas horas de conversa entre os apaixonados adeptos do Vitória e nas páginas das redes sociais com ligação ao clube minhoto.

Ouvidos por O JOGO, três sócios têm opiniões diferentes na abordagem do processo que originou a saída do técnico, a uma jornada do fim do campeonato.

Respeito pela instituição

"A única coisa que se podia exigir a todas as partes é que esperassem, no mínimo, até ao fim da época. Era de bom senso, sobretudo em sinal de respeito com a instituição", sublinha António Lopes. O sócio n.º 2363 defende que "a Direção esteve mal" ao promover uma conferência que qualifica como "inoportuna". "Teve oportunidade de ter dito algo na quarta-feira antes do jogo com o Rio Ave, quando a Sport TV noticiou que Álvaro Pacheco ia sair", lamenta.

Timing da decisão

Vasco Teixeira, o associado mais antigo sondado pelo nosso jornal, tem uma opinião contrária. "O presidente atuou na altura certa. O Vitória já tem o seu lugar consolidado. Se a Direção entendia que não havia condições para o treinador continuar, fez bem em arrumar já a casa", considera, acrescentando também que "fez bem em esclarecer os sócios na conferência". "O conteúdo e o tom da mesma são da responsabilidade do presidente do Vitória. Seria de todo irresponsável fazer aquelas acusações se as mesmas não forem providas de fundamentação", aponta.

Necessidade de estabilidade

Simão Pedroso também considera que a Direção "agiu muito bem em fazer aquela conferência". "Só pecou por ser tardiamente", comenta. "Deu asas a que houvesse todo o tipo de comentário e especulação", argumenta. "Quando foi tornada pública a notícia da reunião de Álvaro Pacheco com os dirigentes do Cuiabá, a Direção devia ter rescindido logo com o treinador", afirma o sócio n.º 3683. "Estávamos numa fase crucial do campeonato e era necessário estabilidade. Como foi pedido sigilo e não respeitou a decisão, a Direção só tinha uma solução: a rescisão. Acima do Vitória só está o Vitória. Se quem lá trabalha não respeita esta centenária instituição, só tem de lhe ser aberta a porta de saída", finaliza.

Opinião dividida

Segundo as opiniões recolhidas, o processo que levou à saída de Álvaro Pacheco do Vitória de Guimarães divide os adeptos do clube. Alguns consideram que a Direção agiu de forma apressada e inoportuna, enquanto outros entendem que a instituição fez bem em resolver a situação de forma rápida, mesmo que isso tenha gerado alguma instabilidade.

Troca de treinadores

O técnico de 52 anos somou 18 vitórias em 32 jogos à frente da formação vimaranense, mas a relação com a Direção parece ter-se deteriorado nos últimos tempos. Rui Cunha será, no sábado, em Arouca, o quinto treinador a orientar o Vitória esta temporada, depois de Moreno Teixeira, João Aroso, Paulo Turra e Álvaro Pacheco.

Responsabilidade da Direção

"Quando Álvaro Pacheco comunicou que não aceitou o Cuaibá, a Direção do Vitória ficou chateada porque não ia receber um milhão de euros de indemnização. Para proteger os interesses do clube deveria estar definido que a rescisão seria consumada no final do campeonato, a não ser que aparecesse alguém a pagar a cláusula. Até poderia ser que fosse o Vasco da Gama. Assim, o Álvaro Pacheco foi de borla e o Vitória ficou com uma imagem pública fragilizada. Isto acaba por ser uma vergonha e o presidente tem grande responsabilidade, porque tem de ser o primeiro a defender os interesses do clube, mesmo que tenha de minimizar o ruído." António Lopes, sócio nº 2363

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Bruno Lage garante concentração máxima no Vitória SC

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Andrade analisa época do FC Porto: "Tem que jogar bem, não chega só ganhar"

  1. "O FC Porto tem que melhorar visto que não é a imagem dele. No último jogo [frente ao Casa Pia] já venceu. Ganhar é importante mas os sócios portistas são muito exigentes, ganhar não chega, tem que jogar bem também" - Jorge Andrade
  2. "um ano zero no FC Porto, com a mudança de direção, mudança de estratégia. É ter muita paciência porque esta caminhada não se faz em dois dias e o FC Porto tem que estar é unido" - Jorge Andrade
  3. "a luta pelo título nacional está a ser uma prova em que os da frente estão a perder muitos pontos, quem ganhar deve ser um dos campeões com menos pontos. Daí que vai ser emoção até ao fim mas porque existem muitos erros. É ver quem vai ser o menos mau a vencer" - Jorge Andrade
  4. "em Portugal, se a arbitragem não fosse posta em causa era um milagre. Por isso não é novidade nenhuma mas, desde que seja tudo feito na base do respeito, penso que não vai haver qualquer tipo de problema. As equipas têm que tentar os seus objetivos e serem cordiais, vamos ver o que va acontecer" - Jorge Andrade