Melhor época ofensiva da carreira
A protagonizar a melhor época da sua carreira, no que à produção ofensiva diz respeito (7 golos e 5 assistências), Tiago Silva diz que jogar pelo Vitória de Guimarães tem «superado» as suas expectativas. Em declarações no podcast DEZANOVE22, o médio de 30 anos, que cumpre a terceira época nos vimaranenses, revela que tinha o sonho de representar o clube desde as meias-finais da Taça de Portugal em 2012/13, quando era jogador do Belenenses e defrontou os vitorianos: «Jogar no Vitória tem superado as minhas expectativas, para ser sincero. Tenho amigos que não são do Vitória e adoram o clube. Sempre me disseram 'aquele clube é a tua cara'. Desde o jogo da Taça [de Portugal], no ano em que o Vitória a ganhou, e eu estava no Belenenses, onde perdemos a meia-final, eu disse que um dia gostava de jogar ali. Graças a Deus aconteceu.»
Influência de Pepa na contratação
Sobre a vinda para a Cidade Berço, sublinha o papel de Pepa, numa altura em que ainda atuava no Nottingham Forest, antes de rumar ao Olympiacos: «O adjunto do Pepa foi meu adjunto no Feirense, e quando eu estava em Inglaterra, eles foram ter comigo. Estavam no Paços de Ferreira e foram jogar com o Leeds. Eu estava lesionado, no metatarso. O mister Pepa disse-me que adorava que eu fosse para o Paços, mas eu disse, com todo o respeito pelo clube, que estava em Inglaterra e não podia sair para Portugal. E ele disse-me que um dia ia treinar um grande e que eu seria a primeira contratação. Logo nesse ano, ele foi para o Vitória, ligou-me e eu nem quis pensar mais. Quis logo vir para o Vitória.»
100 jogos pelo Vitória e batedores de penáltis
O médio atingiu recentemente, diante do Farense, a marca dos 100 jogos pelo V. Guimarães, naquela que considera ter sido a partida «mais especial» com a camisola dos vimaranenses, apesar de «não ter acabado da melhor maneira.» No topo da hierarquia dos batedores de grandes penalidades da equipa, Tiago Silva garante que o plantel tem bons executantes da marca dos onze metros: «Temos vários marcadores de penáltis. Eu, estava o André Silva, o André [André], mesmo o próprio Jota [Silva]... Temos muitos jogadores que batem bem penáltis, só que como tenho estado em campo mais vezes, tem-me calhado a fava», confessou.
Paralelo com os adeptos gregos
Com a experiência num gigante grego, o Olympiacos, o centro-campista sublinha a intensidade com que os adeptos helénicos vivem o futebol, e traça semelhanças com os portugueses: «As pessoas lá são muito intensas, como aqui. Mas também são muito desequilibradas. Ou está tudo bem ou está tudo mal. É quase como aqui. Enquanto que em Inglaterra há muito mais controlo. Não sentimos tanto a pressão dos adeptos. Há muito fair-play.» «A união é uma coisa que construímos naturalmente, não é nada forçado. Já vem de há muito tempo. A malta gosta de estar numa esplanada… Nós acabamos o treino e vamos almoçar todos juntos, passamos tardes juntos. Temos um almoço de equipa e ficamos até à noite, portanto, acho que este grupo é mesmo diferenciado», frisou sobre o espírito de união que impera no plantel liderado por Álvaro Pacheco.