Os sócios do Vitória de Guimarães aprovaram a venda de 46% das ações ao fundo detido pelo egípcio Nassef Sawiris e pelo norte-americano Wesley Edens por 5,5 milhões de euros. No entanto, a parceria entre o clube e o fundo V Sports está atualmente bloqueada pela UEFA devido às regras impostas para o fair play financeiro. Esta situação impede que o fundo empreste jogadores ou financie o clube até outubro de 2025.
Durante uma entrevista à Rádio Santiago, António Miguel Cardoso explicou a situação e expressou sua curiosidade em relação à possibilidade de clubes ligados ao City Football Group competirem na Liga dos Campeões de 2024/25: 'Estamos impossibilitados de nos relacionarmos. Eles não nos podem emprestar jogadores, não nos podem financiar. Não podemos falar de nada que seja de futebol ou de questões financeiras. Tenho alguma curiosidade para ver o que vai acontecer entre o Girona e o Manchester City'.
O fundo V Sports, que detém os ingleses do Aston Villa, disponibilizou uma linha de crédito ao Vitória de Guimarães até que a UEFA bloqueou a relação. No entanto, a atual situação impede que essa linha de crédito seja utilizada.
A venda de parte das ações do Vitória de Guimarães ao fundo foi aprovada pelos sócios em uma assembleia geral realizada em março de 2023. No entanto, o V Sports reduziu sua participação para 29% no final de junho para cumprir as regras da UEFA, devido à participação do Vitória e do Aston Villa na Liga Conferência Europa de 2023/24. Os representantes do fundo no conselho de administração da SAD abandonaram seus cargos.
O presidente do Vitória de Guimarães também mencionou as negociações envolvendo o jogador André Silva, que quase reforçou o Verona, mas foi impedido por alterações de última hora pedidas pelo clube italiano. Além disso, Cardoso revelou que as vendas de Alisson Safira ao Santa Clara, de Dani Silva ao Verona e o empréstimo de Nélson da Luz ao Qingdao West Coast renderam entre dois e três milhões de euros, abaixo do valor considerado adequado pelo departamento financeiro do clube.
Cardoso afirmou que o quinto lugar deve ser o mínimo exigível para o Vitória de Guimarães na Primeira Liga e ressaltou a necessidade de uma nova academia para o clube. Ele também mencionou que liderará o clube por no máximo dois mandatos, mas se recusou a comentar se irá se recandidatar em 2025, ano das próximas eleições.