A vida de Juan Esnaíder, ex-jogador do FC Porto, tem sido marcada por uma tragédia inultrapassável desde a morte do seu filho, que ocorreu a 25 de dezembro. O antigo atleta partilhou a sua dor, afirmando que “nunca se recupera de uma situação assim”. Para Esnaíder, esta experiência dolorosa foi singular, pois considera que “a vida só foi dura comigo uma vez. Isso é duro, o resto... são parvoíces”. Esta sensação de perda não se limita ao dia de Natal; na verdade, ele demonstrou que “todos os dias são duros”. Esnaíder sublinha ainda a importância da comunicação com a sua mulher sobre a dor que sente, dizendo: “Acho que uma das coisas boas que fiz com a minha mulher é falar sempre de tudo e não nos calarmos, e se temos de chorar... choramos.
Carlos Secretário, também antigo jogador do FC Porto, revelou recentemente em uma entrevista que enfrentou uma depressão que se iniciou em 2003, logo após a vitória do clube na Taça UEFA. Secretário explicou que “no ano em que ganhámos a Taça UEFA... apareceu-me uma depressão, muito forte, que durou mais de 20 anos”. Durante este período, os problemas financeiros tornaram-se uma fonte constante de angústia. Ele recorda a dor dessa fase, afirmando: “Chorava, chorava, chorava”. O ex-jogador também revelou que, mesmo no auge da sua luta, pediu para permanecer no clube após o término do seu contrato, o que lhe permitiu manter-se ligado ao futebol. “Pedi ao Pinto da Costa para ficar mais um ano e o FC Porto deixou. Muito graças ao [José] Mourinho e ao presidente”, contou. Esta relação com Mourinho foi tão significativa que Secretário o descreveu como “mais que um pai para mim”. Reflectindo sobre a intensidade dessas experiências, Secretário compartilhou como elas moldaram a sua vida e a sua carreira.
As histórias de Esnaíder e Secretário revelam um lado menos visível do mundo do futebol, onde as vitórias e as alegrias podem ser ofuscadas por profundas dores pessoais e lutas internas. Ambos os ex-jogadores demonstram como as suas perdas e desafios emocionais continuam a influenciar as suas vidas, mesmo após o término das suas carreiras esportivas. Estas narrativas sublinham a necessidade de apoio e compreensão num desporto muitas vezes centrado no sucesso superficial, mas que esconde profundidades emocionais significativas.