O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Reinaldo Teixeira, respondeu recentemente às duras críticas do presidente do FC Porto, André Villas-Boas, relativamente ao adiamento do jogo entre o Arouca e o FC Porto. Teixeira reconheceu o desconforto causado pela situação, mas enfatizou o seu compromisso com todos os clubes.
“”Em relação ao FC Porto e todas as sociedades desportivas, o nosso slogan é 'Uma Liga para todos', e é com esse espírito que estarei até ao último dia””
, afirmou Teixeira durante a apresentação da próxima edição da Taça da Liga, ressaltando que trata o FC Porto com o mesmo carinho que dedica a todos os clubes.
O adiamento do jogo
A polémica surge após o reagendamento do Arouca-FC Porto, que foi movido de 28 de setembro para 29 de setembro. Esta decisão provocou descontentamento na direção do FC Porto, que não concordou com a forma unilateral como a Liga alterou a data do jogo. Villas-Boas considera que o trabalho do líder da Liga é inócuo e vazio
, uma afirmação que Teixeira não deixou passar em branco.
O presidente da LPFP fez questão de esclarecer: “”Quem estiver nas nossas reuniões da direção vê que trato o FC Porto com o carinho com que trato todos. São opiniões””
.
Compromissos da Liga
Além disso, Teixeira prometeu uma resposta mais detalhada sobre a controvérsia do pedido de adiamento após a Assembleia Geral da Liga. Esta resposta é esperada para esclarecer ainda mais a situação, que gerou diversas contestações nos últimos dias.
O presidente da Liga também recordou que a necessidade de reagendar o jogo veio de preocupações com a segurança associadas à Feira das Colheitas, um evento significativo na vila de Arouca. O temor era que a realização do jogo na data original pudesse comprometer a segurança do evento. Neste contexto, Teixeira reiterou: “”Em relação ao FC Porto e todas as sociedades desportivas, o nosso slogan é 'Uma Liga para todos'.””
A preocupação do FC Porto
Com uma nova data estabelecida, o desafio agora é acalmar as tensões existentes entre a Liga e o clube portuense. O FC Porto, por sua vez, expressou preocupações sobre as implicações que este reagendamento tem nas suas participações em competições europeias, levantando questões sobre a legalidade do adiamento, que considera manifestamente ilegal
segundo os regulamentos das competições.
O clube explicou em comunicado: “”O FC Porto reitera que a decisão da Liga Portugal é manifestamente ilegal, dado que viola o Regulamento das Competições que, expressamente e sem margem para dúvidas, impede o reagendamento de uma partida para as 30 horas seguintes nas situações em que um dos clubes tenha de realizar um jogo oficial das competições da UEFA na semana seguinte.””
Expectativas para o futuro
A tensão entre ambos os lados permanece alta, mas a espera pela Assembleia Geral poderá oferecer um desfecho a esta situação complicada. Com o objetivo de promover uma Liga mais unida, Reinaldo Teixeira espera conseguir mudar a opinião de Villas-Boas até o final do seu mandato em 2027.
O presidente da LPFP continua a trabalhar em prol de uma melhor interação entre os clubes, numa tentativa de resolver as tensões e fomentar um ambiente de colaboração na Liga Portuguesa de Futebol.